(Muito obrigada, amigo meu ;-) )
Estende a mão.
Estende a mão e não a abras.
Aprende a partilhar.
Aprende a duvidar se tens mais para dar ou para receber.
Mostra primeiro a tua mão.
O que guardas não é relevante.
Mostra primeiro os teus dedos, os nós, as rugas.
Mostra primeiro o que te faz igual e não o que te afasta.
Espera o olhar.
Espera a indignação e a curiosidade.
Espera que a surpresa te encontre e te sorria.
Deixa que te explorem e te estudem por alguns segundos.
Que desconfiem das tuas razões.
Espera o momento certo. Vais saber quando.
E então, com paciência de monge,
deixa que aconteça.
Compõe o sorriso mais sincero e oferece-o.
Terás construído uma ponte
em vez de uma muralha.
Oferece a tua mão ou aceita a outra.
Pouco importa desde que ambas se encontrem.
Sai de ti por um momento.
Sente o toque, segura o tempo.
Sustém o fôlego, agarra a vida.
Sai de ti para te encontrares.
Firma esse instante sem cingir as vontades.
Não se quer preso laço tão espontâneo.
Resiste ao resto do mundo, nada mais existe.
Não penses, não julgues,
entrega-te.
Aproveita para renascer.
Procura a tua missão.
Vive a tua missão.
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