Marta Arrais (11-05-2016)
http://www.imissio.net/v2/cronicas/olha-pra-tras:4441
Quem não olha para trás não sabe de onde veio.
Quem não olha para trás partiu a bússola e rasgou os mapas dos países por onde foi gente.
Quem não olha para trás não sabe que o caminho que se faz hoje rima sempre com o que já se fez.
Olha para trás. E repara. Não lamentes nem te percas mas repara. Repara nos dias que se beijaram uns a seguir aos outros, com medo que a noite lhes roubasse a aventura e a alegria. Repara nas feridas que secaram com o sol da esperança que lhes deste. Repara nas mãos que nunca deixaram as tuas e nas que se separaram de ti.
Olha para trás. Devagar. Como quem espreita o que é ou já foi seu. Não te demores mas repara. Lê os lábios do teu caminho e todas as palavras que precisas para te dar alento. As boas e as de pedra. As doces e as de sal.
Olha para trás para te lembrares do que te trouxe e do que trouxeste até aqui. Do caminho em que te tornaste. Para cada um de nós há apenas um caminho. Não vale a pena querer atalhar por outro. O que é nosso, há de ser para nós. O caminho que há para fazer não é de mais ninguém senão teu. Olha para trás sem ficar. Sem chorar e sem culpa. As lágrimas não regam futuros e a culpa é uma mordida funda e aflita.
Olha para trás e agarra-te bem. Abraça devagar as consequências dos teus erros para que não voltam. Afunda as dores e ata-as com pontas de futuro. O passado tem medo do que está para vir. E o que está para vir ganha-nos sempre. Quem se esquece de olhar para trás, esquece-se do que é seu. E isso é esquecer-se de (quase) tudo.
Olha sempre para a frente como quem sabe que, de vez em quando, precisará de olhar para trás.
http://www.imissio.net/v2/cronicas/olha-pra-tras:4441
Quem não olha para trás não sabe de onde veio.
Quem não olha para trás partiu a bússola e rasgou os mapas dos países por onde foi gente.
Quem não olha para trás não sabe que o caminho que se faz hoje rima sempre com o que já se fez.
Olha para trás. E repara. Não lamentes nem te percas mas repara. Repara nos dias que se beijaram uns a seguir aos outros, com medo que a noite lhes roubasse a aventura e a alegria. Repara nas feridas que secaram com o sol da esperança que lhes deste. Repara nas mãos que nunca deixaram as tuas e nas que se separaram de ti.
Olha para trás. Devagar. Como quem espreita o que é ou já foi seu. Não te demores mas repara. Lê os lábios do teu caminho e todas as palavras que precisas para te dar alento. As boas e as de pedra. As doces e as de sal.
Olha para trás para te lembrares do que te trouxe e do que trouxeste até aqui. Do caminho em que te tornaste. Para cada um de nós há apenas um caminho. Não vale a pena querer atalhar por outro. O que é nosso, há de ser para nós. O caminho que há para fazer não é de mais ninguém senão teu. Olha para trás sem ficar. Sem chorar e sem culpa. As lágrimas não regam futuros e a culpa é uma mordida funda e aflita.
Olha para trás e agarra-te bem. Abraça devagar as consequências dos teus erros para que não voltam. Afunda as dores e ata-as com pontas de futuro. O passado tem medo do que está para vir. E o que está para vir ganha-nos sempre. Quem se esquece de olhar para trás, esquece-se do que é seu. E isso é esquecer-se de (quase) tudo.
Olha sempre para a frente como quem sabe que, de vez em quando, precisará de olhar para trás.
Comentários
Enviar um comentário