acho que se encontra na minha escrita aquilo que é a vontade de ficar espantado com o que não se percebe, o que não tem espelho. de repente, há ali um universo que não temos capacidade de entender. isso para mim, longe de ser um elemento de receio, é de um enorme fascínio. deixar de perceber é fundamental, porque é a única maneira de baralharmos as cartas e de voltarmos a repensar a nossa maneira de estar no mundo. adoro não perceber, não saber.
Mia Couto
https://sol.sapo.pt/artigo/53493/mia-couto-escrevo-para-acalmar-os-fantasmas
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