servissem essas palavras bonitas
neste tempo
em que nem a verdade procuro
fossem elas estéreis, estilhaço de um vaso mal parido,
e eu ouvia.
apetece-me o que é rude e áspero de se engolir
tenho fome do que é errado, vil e sombrio
durmo, sonho com tristeza e não me digno a chamar-lhe pesadelo
quero o que é fraco e renegado e estafermo
falem-me de pessoas com alma novamente
porque o que me contam
repetidamente, incessantemente, fervorosamente
é de gente que apenas traz a carne colada aos ossos.
PO
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