Mais à frente, dava-se início às campanhas de vacinação e às aulas de higiene e primeiros socorros domésticos, segundo um programa inventado pelo meu pai com as mulheres mais inteligentes e receptivas de cada lugar e que depois levaria a cabo em toda a Colômbia com o nome de "promotoras rurais de saúde". Por vezes, ia-nos buscar num autocarro da Universidade e levava-me a mim e a todos os seus estudantes, porque gostava que ajudassem e aprendessem ao mesmo tempo: "A Medicina não se aprende apenas nos hospitais e nos laboratórios, vendo pacientes e estudando células, mas também na rua, nos bairros, dando-nos conta do porquê e de que é que adoecem as pessoas", dizia-lhes muito sério, desde a primeira fila do autocarro, empunhando um microfone.
héctor habad faciolince
somos o esquecimento que seremos
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