Todos temos a nossa cruz. Não há cruzes maiores ou mais pesadas, mais esfarpadas ou mais injustas, mas apenas diferentes. Diferente pela maneira como decidimos abraçá-la, diferente pelo modo como a carregamos, diferente pelo sentido que lhe damos. Nesta semana em que vivemos a semana maior, mais conhecida por semana santa, acompanhamos, com fervor renovado, a paixão, crucifixão e morte de Jesus Cristo, morte que foi, simultaneamente, fim e princípio. Morte que conduziu à passagem, significado da palavra Páscoa, da humanidade de Cristo e, em Cristo, de toda a humanidade, redimida e ressuscitada pelo Pai, que nos deu a conhecer, à sua glória eterna. Naquela cruz, que foi motivo de escárnio e troça por parte dos romanos, escândalo por parte dos judeus e loucura por parte dos gentios, esteve a maior prova de amor da qual comungaram o Filho que entregou, livremente, a sua vida por uma humanidade ferida, o Pai que o recebeu e ressuscitou, recebendo também a nós como seus filhos, e o Espírit...