Sabemos que a unidade se cuida cuidando das mediações. E a Esperança é mediadora por excelência quando está atenta aos pequenos detalhes nos quais se dá esse misterioso intercâmbio de fragilidade por misericórdia. Quando há bons mediadores, desses que cuidam dos detalhes, não se rompe a unidade. Jesus cuidava dos detalhes.
O "pequeno detalhe" que faltava uma ovelha.
O "pequeno detalhe" que o vinho estava a acabar.
O "pequeno detalhe" da viúva que ofereceu as suas duas moedas.
O "pequeno detalhe" daquele que não perdoou uma dívida pequena depois de ter sido perdoado numa dívida grande.
O "pequeno detalhe" de ter aceite suficiente nas lâmpadas para o caso de o noivo se demorar.
O "pequeno detalhe" de reparar quantos pães havia.
O "pequeno detalhe" de ter as brasas preparadas e um peixe na grelha enquanto esperava os discípulos de madrugada.
O "pequeno detalhe" de perguntar a Pedro, entre tantas coisas importantes que tinham acontecido, se de verdade o queria como amigo.
O "pequeno detalhe" de não ter querido curar as chagas.
O "pequeno detalhe" que o vinho estava a acabar.
O "pequeno detalhe" da viúva que ofereceu as suas duas moedas.
O "pequeno detalhe" daquele que não perdoou uma dívida pequena depois de ter sido perdoado numa dívida grande.
O "pequeno detalhe" de ter aceite suficiente nas lâmpadas para o caso de o noivo se demorar.
O "pequeno detalhe" de reparar quantos pães havia.
O "pequeno detalhe" de ter as brasas preparadas e um peixe na grelha enquanto esperava os discípulos de madrugada.
O "pequeno detalhe" de perguntar a Pedro, entre tantas coisas importantes que tinham acontecido, se de verdade o queria como amigo.
O "pequeno detalhe" de não ter querido curar as chagas.
Os modos sacerdotais que Jesus tem de cuidar são a esperança que congrega na unidade.
A esperança de que não falte ninguém. A esperança de que não se acabe a alegria, mas que seja superabundante e nova. A esperança de que Deus vê com supremo agrado os nossos gestos de amor mais escondidos. A esperança de que o perdão seja contagioso. A esperança de que cuidar a sua própria pequena luz contribui para o brilho da grande festa. A esperança de que o pão chegue a todos. A esperança de que Ele está sempre do outro lado.
A esperança de que, ao fim e ao cabo, o que mais importa a Deus é que sejamos seus amigos.
A esperança de que a muita dor não caia no esquecimento mas que, um a um, Deus beije as suas chagas ao chegar ao Céu e sejam elas a marca de uma Glória humilde e agradecida.»
17.04.2013 Cardeal Jorge Bergoglio
Comentários
Enviar um comentário