01 jan, 2017 - 10:21 • Filipe d'Avillez , Aura Miguel
http://rr.sapo.pt/noticia/72321/papa_recorda_tudo_o_que_aprendeu_com_maes_ao_longo_da_sua_vida
O Papa Francisco fez um elogio às mães, este domingo, durante a missa de Nossa Senhora Mãe de Deus, no Vaticano.
Durante a homilia, o Papa disse que tinha aprendido muito com as mães que foi conhecendo ao longo da sua vida, em diferentes situações.
“Aprendi muito com as mães que, tendo os filhos na prisão ou estendidos numa cama de hospital ou subjugados pela escravidão da droga, esteja frio ou calor, faça chuva ou sol, não desistem e continuam a lutar para lhes dar o melhor; ou com as mães que, nos campos de refugiados ou até no meio da guerra, conseguem abraçar e sustentar, sem hesitação, o sofrimento dos seus filhos.”
“Mães que dão, literalmente, a vida para que nenhum dos filhos se perca. Onde estiver a mãe, há unidade, há sentido de pertença: pertença de filhos”, concluiu Francisco.
O Papa lamentou ainda as situações em que este sentido de pertença não existe, levando a um sentimento de “orfandade espiritual”, que tem efeitos nefastos para as pessoas e até para o planeta.
“Tal atitude de orfandade espiritual é um cancro que silenciosamente enfraquece e degrada a alma. E assim, pouco a pouco, nos vamos degradando, já que ninguém nos pertence e nós não pertencemos a ninguém: degrado a terra, porque não me pertence; degrado os outros, porque não me pertencem; degrado a Deus, porque não Lhe pertenço; e, por fim, acabamos por nos degradar a nós próprios, porque esquecemos quem somos e o ‘nome’ divino que temos.”
“A perda dos laços que nos unem, típica da nossa cultura fragmentada e desunida, faz com que cresça esta sensação de orfandade e, por conseguinte, de grande vazio e solidão. A falta de contacto físico (não o virtual) vai cauterizando os nossos corações, fazendo-lhes perder a capacidade da ternura e da maravilha, da piedade e da compaixão”, avisa ainda o Santo Padre.
“A orfandade espiritual faz-nos perder a memória do que significa ser filhos, ser netos, ser pais, ser avós, ser amigos, ser crentes; faz-nos perder a memória do valor da diversão, do canto, do riso, do repouso e da gratuidade”, conclui.
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