A Quaresma é um tempo de deserto.
Esse lugar único onde se pode fazer a experiência do “nada”:
Só se ouve o vento… e olhando em volta, só terra seca e árida.
Levantando o olhar, só céu… limpo e azul.
No meio da aridez que nos fecha o horizonte, a alternativa é o céu.
Assim reduzido ao nada, fico entregue a mim próprio,
à minha finitude, à minha pequenez, à minha pobreza,
à minha impotência… à verdade de mim mesmo.
Porém, dentro de mim grita-me o coração que esta solidão é desumana,
que não fui feito para ela. Será que estou só?
E ponho-me a caminho vida-adentro e história-fora,
em busca da minha origem e da Origem das origens,
do sentido da vida e do significado do instante.
Quem sou, donde venho e para onde vou?
Que sede é esta que me queima?
Que inquietude é esta que me faz bater o coração?
E a vida vai-se desenrolando até ao ontem mais ontem de que me lembro.
E surgem datas e momentos, reencontro caras de gente que me foi dada,
e ouço palavras que disse e outras que escutei…
Recupero momentos inesquecíveis de paz e de alegria,
e luzes intensas de dias felizes e coisas boas que fiz
e palavras verdadeiras que fui capaz de dizer…
e momentos de Deus que não sei explicar.
E é tudo isto que, de súbito, me faz parar
e tomar consciência de que afinal… não estou só,
nem na vida nem aqui neste deserto,
esse «lugar do nada… onde mora o Tudo».
Esse lugar único onde se pode fazer a experiência do “nada”:
Só se ouve o vento… e olhando em volta, só terra seca e árida.
Levantando o olhar, só céu… limpo e azul.
No meio da aridez que nos fecha o horizonte, a alternativa é o céu.
Assim reduzido ao nada, fico entregue a mim próprio,
à minha finitude, à minha pequenez, à minha pobreza,
à minha impotência… à verdade de mim mesmo.
Porém, dentro de mim grita-me o coração que esta solidão é desumana,
que não fui feito para ela. Será que estou só?
E ponho-me a caminho vida-adentro e história-fora,
em busca da minha origem e da Origem das origens,
do sentido da vida e do significado do instante.
Quem sou, donde venho e para onde vou?
Que sede é esta que me queima?
Que inquietude é esta que me faz bater o coração?
E a vida vai-se desenrolando até ao ontem mais ontem de que me lembro.
E surgem datas e momentos, reencontro caras de gente que me foi dada,
e ouço palavras que disse e outras que escutei…
Recupero momentos inesquecíveis de paz e de alegria,
e luzes intensas de dias felizes e coisas boas que fiz
e palavras verdadeiras que fui capaz de dizer…
e momentos de Deus que não sei explicar.
E é tudo isto que, de súbito, me faz parar
e tomar consciência de que afinal… não estou só,
nem na vida nem aqui neste deserto,
esse «lugar do nada… onde mora o Tudo».
Rui Corrêa d’ Oliveira
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