04 Maio 2012 | 12:24
Baptista Bastos
Num dos seus mais inquietantes romances, "Os Irmãos Karamazov", Dostoievski faz dizer ao mais velho deles: "Se Deus não existe, tudo é permitido." O grande russo enunciava, numa metáfora perturbadora, ao que conduzia a quebra de valores numa sociedade esvaziada de sentido moral. Ao desbragamento, à promoção do que o homem tem de pior e de mais sórdido, à própria inversão do sentido da vida. Deus como padrão, Deus como relação mais humana do que divina, Deus materializado (se assim me posso exprimir) num modo de funcionamento das nossas acções. Se não houver regras e se, as havendo, essas regras são permanentemente dissolvidas, então, o caos instalar-se-á.
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