“Nunca se reza sozinho. Minha tristeza era demasiado grande, sem dúvida. Eu só pedia a Deus por mim. Ele não veio.”
“Oh” eu sei perfeitamente que o desejo da oração é já uma oração, e que Deus não saberia pedir mais. Porém eu não me desobrigava de um dever. A oração era-me nesse momento tão indispensável como o ar aos meus pulmões e o oxigénio ao meu sangue. Atrás de mim não estava já a vida quotidiana, familiar, à qual acabamos de escapar num impulso, conservando dentro de nós a certeza de voltarmos a ela quando quisermos. Atrás de mim não havia nada. E diante de mim um muro, um muro negro.”
Bernanos, Journal d'un curé de campagne
Comentários
Enviar um comentário