O senhor X, dentro de casa, montado em cima do seu cavalo vira-se para a senhora Y e diz:
- Quero ter o cavalo dentro de casa
A senhora Y responde:
- Não pode ser. Vai trazer mau cheiro.
O senhor X contrapõe:
- Eu comprometo-me a limpar todo o lixo e sujidade que o cavalo possa causar…
A senhora Y, diz:
- E quando tivermos visitas, o cavalo vai estar por aí, é?
O senhor X, responde:
- O que é que tem?
…
Parece-vos absurdo este diálogo? Parece, claro. Mas atenção, porque uma grande parte da nossa vida são estes absurdos. É verdade que podem revelar-se em maior ou menor grau. Mas revelam-se. Como assim? Revelam-se porque, antes de mais, aquilo que ali está manifestado são perguntas e problemas que não se devem pôr. Certo? E nós na nossa vida pomos imensas perguntas e problemas que não se devem colocar. Assim, chegamos a uma conclusão que pode ser chocante: nem tudo se questiona. (Acho que depois daquele diálogo inicial podemos concordar com isto).
É precisamente aqui que eu gostaria de enquadrar o Átrio dos Gentios. Isto é, no interior de cada um e no facto de pormos perguntas e problemas que não devíamos. Ora, a pergunta que agora devemos por é: como saber que perguntas e problemas colocar?
Creio que a resposta é, antes de mais, sermos! Como assim? Cada um viver a sua própria vida. Isto é, pôr tudo aquilo que vive diante de si. Principalmente, os seus medos, as suas dúvidas, os seus problemas, os seus fracassos. Aqueles que sabe que tem. Aqueles mais recônditos e que menos quer que venham à tona. Vivê-los intensamente. Eles estão lá por alguma razão. São a condição para a nossa liberdade! AH! ENTÃO DEPOIS, SIM! COMEÇAMOS A SER QUEM SOMOS. Começamos a ter reacções proporcionadas, reacções como a situação justifica. A vida torna-se simples. Vive-se uma espontaneidade. Concentramo-nos. Experimenta-se o silêncio. Ganha-se a certeza da nossa atitude. Deixa-se de pensar no que os outros pensam, deixa-se de ser conveniente. Não há mais a preocupação em fazer comentários que agradem. Descansa-se. Em resumo, deixamos de perguntar porque não podemos ter um cavalo dentro de casa.
André Machado
http://www.essejota.net/index.php?a=vnrhrlqqvkuivvqluprhrsqhutrhqqqkqruiqjrururoqurnvvqnqlqr
- Quero ter o cavalo dentro de casa
A senhora Y responde:
- Não pode ser. Vai trazer mau cheiro.
O senhor X contrapõe:
- Eu comprometo-me a limpar todo o lixo e sujidade que o cavalo possa causar…
A senhora Y, diz:
- E quando tivermos visitas, o cavalo vai estar por aí, é?
O senhor X, responde:
- O que é que tem?
…
Parece-vos absurdo este diálogo? Parece, claro. Mas atenção, porque uma grande parte da nossa vida são estes absurdos. É verdade que podem revelar-se em maior ou menor grau. Mas revelam-se. Como assim? Revelam-se porque, antes de mais, aquilo que ali está manifestado são perguntas e problemas que não se devem pôr. Certo? E nós na nossa vida pomos imensas perguntas e problemas que não se devem colocar. Assim, chegamos a uma conclusão que pode ser chocante: nem tudo se questiona. (Acho que depois daquele diálogo inicial podemos concordar com isto).
É precisamente aqui que eu gostaria de enquadrar o Átrio dos Gentios. Isto é, no interior de cada um e no facto de pormos perguntas e problemas que não devíamos. Ora, a pergunta que agora devemos por é: como saber que perguntas e problemas colocar?
Creio que a resposta é, antes de mais, sermos! Como assim? Cada um viver a sua própria vida. Isto é, pôr tudo aquilo que vive diante de si. Principalmente, os seus medos, as suas dúvidas, os seus problemas, os seus fracassos. Aqueles que sabe que tem. Aqueles mais recônditos e que menos quer que venham à tona. Vivê-los intensamente. Eles estão lá por alguma razão. São a condição para a nossa liberdade! AH! ENTÃO DEPOIS, SIM! COMEÇAMOS A SER QUEM SOMOS. Começamos a ter reacções proporcionadas, reacções como a situação justifica. A vida torna-se simples. Vive-se uma espontaneidade. Concentramo-nos. Experimenta-se o silêncio. Ganha-se a certeza da nossa atitude. Deixa-se de pensar no que os outros pensam, deixa-se de ser conveniente. Não há mais a preocupação em fazer comentários que agradem. Descansa-se. Em resumo, deixamos de perguntar porque não podemos ter um cavalo dentro de casa.
André Machado
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