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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2014

A esquerda e a Igreja

A reter: A pobreza gera-lhes indignação, não compaixão. A esquerda gosta muito do Papa Francisco, mas interpreta como ataques a ricos as palavras dele em defesa dos pobres. Esta é a diferença fundamental na atitude social: a esquerda quer justiça e progresso; Cristo traz a misericórdia que salva todos. Até pecadores e publicanos. JOÃO CÉSAR DAS NEVES DN 2014.06.30 A Igreja Católica e a esquerda são duas das linhas doutrinais mais importantes da actualidade. Por isso a relação entre elas é um tema muito relevante. Até porque, apesar de origens e percursos muito diferentes, ambas encontram-se muitas vezes do mesmo lado das barricadas sociais. No entanto, no campo concreto, existe uma diferença radical, mas muito esquecida: a Igreja trata dos pobres, enquanto a esquerda fala dos ricos. O catolicismo existe há dois mil anos, pelo que comparativamente as doutrinas revolucionárias são recém-chegadas. Apesar disso conseguiram uma solidez, profundidade e preponderância que falt

Later you will understand

Hoje (ainda) em Taizé

"Traz mais histórias com essa cruz." Disseram-me quando parti.

Simples, mas revelador

Quando me pedem para falar da Santíssima Trindade lembro-me sempre de uma oração de Santa Catarina de Sena em que ela diz que a Santíssima Trindade é “um mar sem fundo, mais eu mergulho mais eu me afundo”.  Porque a dificuldade não está em acreditar mas sim em explicar. Conhecemos a famosa história de Santo Agostinho na praia do Porto de Óstia a meditar no mistério da Santíssima Trindade, que apesar de o menino lhe ter dito que era mais fácil meter a água do oceano numa cova que ele perceber o mistério da Santíssima Trindade, não impediu que ele escrevesse dois grossos volumes sobre o tema.  Mas alguma coisa podemos dizer a partir do que experimentamos na fé. E o que experimentamos? A profunda relação de Deus com a humanidade, com cada um de nós. Um Deus que se revela, ou seja, que se dá. Todos fazemos esta experiência, por exemplo, numa relação de amizade: à medida que nos vamos dando (revelando) mais profunda e forte se torna essa relação.  Assim também com Deus. Mais saberemo

Lua

Entre a terra e os astros, flor intensa, Nascida do silêncio, a lua cheia Dá vertigens ao mar e azula a areia, E a terra segue-a em êxtases suspensa. ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner.  "Dia do mar". In: Obra poética.  Alfragide: Caminho, 2011.

A sombra que fazemos no chão

Há dias em que uma espécie de vento parece encher o nosso ego e, então, julgamos ser os maiores, os melhores, seja pelas conquistas pessoais, seja pelas materiais. Mas será que isso importa mesmo?  Terei em mim a humildade e a capacidade de relativizar aquilo que sou, faço ou tenho ao ponto de concluir que, apesar do tal "vento" que me enaltece, continua no chão aquilo que verdadeiramente sou?  Cristina Sousa http://www.essejota.net/index.php?a=vnrhrlqqvkuivvqluprhrsqhutrhqqqkqruiqjrurqrlqtrnvvqnqlqrvrqjrurn

A vida como um fósforo

Entre o choque e a perplexidade, finalmente admitimos que a vida é um fósforo.  E, ao pegar nesse fósforo, podemos andar sempre ansiosos e preocupados, a ver se não queimamos o dedo ou se conseguimos atrasar o avanço da chama; podemos parar a saborear a beleza da chama, no tempo que nos é dado; ou podemos ainda reparar como esse fósforo que é a nossa vida, mesmo pequena e passageira, tem o poder de iluminar tudo à sua volta e acender outros fogos.  A pergunta da morte é desconfortável mas, se ela nos desperta e acende o coração, como a podemos evitar?  Tenhamos a coragem de conversar com ela e responder à pergunta que nos faz: "e se morresses hoje…?". João Delicado  http://verparalemdolhar.blogspot.pt/2014/06/morte-estrada-acidente-moto-vida-fosforo.html

O silêncio que escreves no rosto das coisas

Vivemos mergulhados no ruído do mundo Inundados de palavras e gritos Com dificuldade escutamos o canto do rio A música das flores O poema que a andorinha recita nos seus voos O hino que que o sol reza na manhã O silêncio que Tu, Senhor, escreves no rosto das coisas. Necessitamos de silêncio para escutar Para contemplar Para rezar Necessitamos de entrar no silêncio dos nossos quartos No segredo das nossas casas Para escutar E compreendermos que apenas o silêncio é capaz De criar caminhos de encontro com a Palavra Com a tua Palavra, Senhor Escrita e pronunciada Nas coisas e horas dos nossos dias. Ensina-nos o silêncio, Senhor Para nos encontrarmos Com a tua Palavra Com os irmãos Com o mundo Contigo Com o teu amor. http://rr.sapo.pt/rubricas_detalhe.aspx?fid=70&did=152492

Missão

Lembro-me de uma conversa peculiar num dos últimos dias naquela ilha. Com pena por ter que voltar para casa, em forma de desabafo disse: "Tudo o que é bom acaba depressa", e um bom amigo são-tomense olha para mim bem nos olhos e responde " Deus é bom e é eterno". E é com este pensamento que agora encaro a Missão como um pedacinho de mim e, mais importante, um pedacinho de Deus que foram lá deixados eternamente. Todos os momentos, pessoas, dificuldades, vitórias, brincadeiras, cansaços, danças e todo o amor que dei e recebi sempre a triplicar ficarão certamente para sempre bem guardados no meu coração. Maria João Soares Missão Grão São Tomé e Príncipe, 2012

Canção ouvida ao luar não terá ritmos perdidos

Apenas o luar chegou, desfez-se em asas no ar. E toda a noite levou a regressar devagar... Em noites alvas, de lua, não há nudez com vergonha. À luz do luar, o barro é o mármore com que sonha. À luz do luar, as aves nocturnas, breve, enlanguescem e, ao seu crepúsculo da sombra, mortas de sonho adormecem... Os silêncios do luar são aléns de notas agudas, são gritos paralisados em rictos de bocas mudas! O luar rouba ao escuro o que de dia é segredo. À luz do luar podemos ver respirar o arvoredo... Canção ouvida ao luar não terá ritmos perdidos - é som vivendo no olhar - luz que fica nos ouvidos. À luz do luar a água soluça todas as dores, que à luz do luar a água tem na cor todas as cores. edmundo bettencourt poemas de edmundo bettencourt 1962

Habitai a casa, e a casa se sustentará.

Não acredito em premonições, não temo superstições, veneno e calúnia não vigoram sobre mim. Não existe morte, senão plenitude no mundo. Somos todos imortais; tudo é imortal. Não é preciso temer a morte, seja aos dezessete ou aos setenta. Nada há além de presente e de luz; escuridão e morte não existem neste mundo. Chegados que somos todos à margem, sou um dos escolhidos para puxar as redes quando o cardume da imortalidade as cumular. Habitai a casa, e a casa se sustentará. Invocarei um dos séculos ao acaso: eu o adentrarei e nele construirei minha morada. Sento-me portanto à mesma mesa que vossos filhos, mães e esposas. Uma só mesa para servir bisavô e neto: o futuro se consuma aqui agora, e quando eu erguer a minha mão, os cinco raios de luz convosco ficarão. Omoplatas minhas como vigas mestras, sustentaram por minha vontade a revolução dos dias. Medi o tempo com vara de agrimensor: eu o venci como se voasse sobre os Urais. Talhei as idades à minha medida. Rumamos para o sul, um ras
"...as dores passam, mas não desaparecem. Elas migram para dentro de nós, alojam-se algures no nosso ser, submersas num fundo de lago." Mia Couto
Algures
Para mim a grande revolução é voltar às raízes e entender o que essas razies me dizem na actualidade. Papa Francisco, entrevista com Henrique Cyberman

Hoje encontrei Deus (também) aqui.

As tendas e a lua

Em África ninguém diz "Adeus". Todos dizem "Estamos Juntos". Para sempre.

Os anjos da cada dia

The Angel that presided o'er my birth Said, "Little creature, formed of joy and mirth, Go love without the help of any thing on earth." William Blake Best-loved poems,  Edited by Meil Philip and illustrated by Isabelle Brent, London, 2000. E se a cada manhã um anjo, sussurando ao ouvido, me despertasse, lembrando-me a missão da humanidade? Seria diferente? http://essejota.net/index.php?a=vnrhrlqqvkuivvqluprhrsqhutrhqqqkqruiqjrurqrkqornvvqnqlqrvrqjrurn

Falta-lhes tempo, Senhor

Saí, Senhor Lá fora os homens saíram. As bicicletas, os automóveis e os camiões corriam, A rua corria, a cidade corria, todo o mundo corria. Corriam todos, para não perder tempo: Corriam em busca do tempo, para recuperar o tempo, para ganhar tempo. Até logo, doutor, desculpe-me – não tenho tempo. Passarei outra vez, não posso esperar mais – não tenho tempo. Termino aqui esta carta – pois não tenho tempo. Queria tanto ajudar-te – mas não tenho tempo. Não posso aceitar, por falta de tempo. Não posso reflectir, nem ler, ando assoberbado – não tenho tempo. Gostaria de rezar – mas... não tenho tempo. Compreendes, Senhor, eles não têm tempo. A criança está a brincar, não tem tempo agora... mais tarde... O estudante tem os seus deveres a fazer, não tem tempo... mais tarde... O universitário tem as suas aulas e tanto, tanto trabalho que não tem tempo... mais tarde... O rapaz pratica desporto, não tem tempo... mais tarde... O que casou, há pouco, tem a sua casa, deve organizá

A entrevista de Francisco no avião

A entrevista de Francisco no avião por ANSELMO BORGES  "O primeiro obstáculo sou eu", disse o Papa Francisco, já no avião, de regresso ao Vaticano, depois da visita à Jordânia, à Palestina e a Israel. Estava a responder aos jornalistas, que lhe perguntaram pelos obstáculos na reforma da Cúria. Uma resposta com risos, mas também com ironia, pois ele sabe que o cardeal Maradiaga, que preside ao G8 cardinalício, disse recentemente, nos Estados Unidos, que há um cardeal muito conhecido que vai atirando ter sido "um erro" a eleição de Bergoglio e que há muitos, na Cúria e fora dela, que, ao perderem poder e privilégios, verrinam: "O que é que esse argentinozito pretende?" Francisco, que, sem receios, dá conferências de imprensa, foi acrescentando que nomeou esse Conselho dos oito cardeais, precisamente para estudar o sistema do Vaticano e reformar a Cúria, sendo um dos pontos-chave o económico, exigindo-se honestidade e transparência no ban

Hoje encontrei Deus (também) aqui.