Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2016

Alicia Keys - 'Holy War' Live

If war is holy and sex is obscene Then we got it twisted in this lucid dream Baptized in boundaries, schooled in sin Divided by difference, sexuality and skin So we can hate each other and fear each other We can build these walls between each other Baby, blow by blow and brick by brick Keep yourself locked in, yourself locked in We can hate each other and fear each other We can build these walls between each other Baby, blow by blow and brick by brick Keep yourself locked in, yourself locked Maybe we should love somebody Maybe we could care a little more Maybe we could love somebody Instead of polishing the bombs of holy war What if sex was holy and war was obscene And it wasn't twisted, what a wonderful dream Living for love, unafraid of the end Forgiveness is the only real revenge So we can heal each other And feel each other We can break these walls between each other Baby, blow by blow and brick by brick Keep yourself open, yourself open We can heal each other And feel each oth

Viver a fé exige poesia.

Viver a fé exige poesia. Parece-me que ser homem ou mulher de fé implica entranhar na beleza de pequenos nadas, do quotidiano, em conjunto com a brutalidade dos acontecimentos locais e universais. A bomba que cai em sítios longínquos estilhaça em ecos nas nossas vidas, tanto pela ignorância, como pela dor provocada nos gritos ensurdecidos das crianças, de cá e de lá. E o sol insiste em nascer, tal como a chuva cair, sobre cada ser humano. Quem vive fé, deixa-se entranhar por esse sentir da Vida que não se cansa de nos anunciar Paz, a começar em cada coração. É uma aventura tremenda, de nos pormos diante de Deus, silenciando e escutando o pulsar que nos ajuda a encontrar a cura das feridas da memória e, assim, empurrar à Vida maior. É preciso dar-se tempo, voltando à peregrinação de terra batida, onde os passos são dados à medida da necessidade dessa escuta. Em paragens de se dar conta do aqui e do agora, sem angústias de passado, nem ânsias de futuro. Que posso fazer? Que posso, realme

Deus vem

(...) No Advento a liturgia repete-nos com frequência e garante-nos, quase que a vencer a nossa natural desconfiança, que Deus "vem": vem para estar connosco, em qualquer situação; vem para habitar no meio de nós, para viver connosco e em nós; vem preencher as distâncias que nos dividem e nos separam; vem para nos reconciliar com Ele e entre nós. Vem à história da humanidade, bater à porta de cada homem e mulher de boa vontade, para dar aos indivíduos, às famílias e aos povos o dom da fraternidade, da concórdia e da paz. Por isso, o Advento é por excelência o tempo da esperança, no qual os crentes em Cristo são convidados a permanecer em expectativa vigilante e laboriosa, alimentada pela oração e pelo compromisso efectivo do amor. Que o aproximar-se do Natal de Cristo encha os corações de todos os cristãos de alegria, de serenidade e de paz! Para viver de maneira mais autêntica e frutuosa este período de Advento, a liturgia exorta-nos a olhar para Maria Santíssima,
Uma vez um homem encontrou duas folhas e entrou em casa segurando-as com os braços esticados dizendo aos pais que era uma árvore.  Ao que eles disseram então vai para o pátio e não cresças na sala  pois as tuas raízes podem estragar a carpete.  Ele disse eu estava a brincar não sou uma árvore e deixou cair as  folhas.  Mas os pais disseram olha é outono  Russell Edson
"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus." CLARICE LISPECTOR
um homem é feito do que planifica e do que vai sentindo. de correntes de ferro que o prendem ao chão e de correntes de ar que lhe atravessam o corpo em ecos de poesia. verdade e urgência. Ondjaki in “Os Transparentes”
Juntamos duas pessoas que ainda não se tinham juntado. Às vezes é como a primeira tentativa para prender um balão de hidrogénio a um balão de fogo: preferimos que se despenhe e arda ou que arda e se despenhe? Mas às vezes resulta, e algo de novo se faz e o mundo transforma-se. Então, a dada altura, mais cedo ou mais tarde, por esta ou por aquela razão, um deles é levado. E aquilo que é levado é maior do que a soma do que lá estava. Isto pode não ser matematicamente possível; mas é emocionalmente possível. Julian Barnes, in "Os níveis da vida"

Eu

Quem me quiser há-de saber as conchas a cantiga dos búzios e do mar. Quem me quiser há-de saber as ondas e a verde tentação de naufragar. Quem me quiser há-de saber as fontes, a laranjeira em flor, a cor do feno, a saudade lilás que há nos poentes, o cheiro de maçãs que há no inverno. Quem me quiser há-de saber a chuva que põe colares de pérolas nos ombros há-de saber os beijos e as uvas há-de saber as asas e os pombos. Quem me quiser há-de saber os medos que passam nos abismos infinitos a nudez clamorosa dos meus dedos o salmo penitente dos meus gritos. Quem me quiser há-de saber a espuma em que sou turbilhão, subitamente - Ou então não saber coisa nenhuma e embalar-me ao peito, simplesmente. Rosa Lobato de Faria

Apetece-me só disto, hoje

Take everything you know and write it on your skin And you can carry on and forget everything Take everything you own and put it in your car You can drive away, drive away so far, And drive into a lake and take off all your clothes, Set your clothes on fire, now you are alone But you've got all you know written on your skin, So you can carry on and forget everything All the things I'd rather be, All the things I'd rather be I can't, I can't, I can't stay around here I can only leave Take everything you know and write it on your skin And you can carry on and forget everything Take everything you own and put it in your car You can drive away, drive away so far, Then drive into a lake and take off all your clothes, Set your clothes on fire, now you are alone But you've got all you know written on your skin, So you can carry on and forget everything All the things I'd rather be, All the things I'd rather be I can't, I can't, I can't stay arou

Team Aragão

Hallelujah

Experimentar ver o vídeo ao mesmo tempo que, em voz alta, rezamos este poema: Eu caminhei na noite  Entre silêncio e frio  Só uma estrela secreta me guiava  Grandes perigos na noite me apareceram  Da minha estrela julguei que eu a julgara  Verdadeira sendo ela só reflexo  De uma cidade a néon enfeitada  A minha solidão me pareceu coroa  Sinal de perfeição em minha fronte  Mas vi quando no vento me humilhava  Que a coroa que eu levava era de um ferro  Tão pesado que toda me dobrava  Do frio das montanhas eu pensei  «Minha pureza me cerca e me rodeia»  Porém meu pensamento apodreceu  E a pureza das coisas cintilava  E eu vi que a limpidez não era eu  E a fraqueza da carne e a miragem do espírito  Em monstruosa voz se transformaram  Disse às pedras do monte que falassem  Mas elas como pedras se calaram  Sozinha me vi delirante e perdida  E uma estrela serena me espantava  E eu caminhei na noite minha sombra  De desmedidos gestos me cercava  Silêncio e medo  Nos confins desolados caminhava
Em que língua se diz, em que nação, Em que outra humanidade se aprendeu A palavra que ordene a confusão Que neste remoinho se teceu? Que murmúrio de vento, que dourados Cantos de ave pousada em altos ramos Dirão, em som, as coisas que, calados, No silêncio dos olhos confessamos? José Saramago Os Poemas Possíveis Lisboa, Caminho, 1999

Hoje encontrei Deus aqui

http://spiritysol.blogspot.pt/2015/04/april-nesting.html

The Cranberries - Zombie 1999 Live Video

O que eu dava por um concerto destes!
Não é o tempo, nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição.  Sete anos seriam insuficientes para algumas pessoas se conhecerem, e sete dias são mais que suficientes para outras. Jane Austen, Razão e Sensibilidade
Confundimos os nossos segredos com a nossa identidade, confundimos as nossas fraquezas connosco próprios e, sem que ninguém saiba, sem que ninguém possa saber ou ajudar-nos, transformamo-nos efectivamente nos nossos segredos e nas nossas fraquezas. A verdade existe no oposto desse medo. Quanto mais damos, mais nos permitimos ser. Quanto mais damos, mais somos. Abraço José Luís Peixoto

Passenger - The Sound Of Silence (Cover) Live

Hello darkness, my old friend I've come to talk with you again Because a vision softly creeping Left its seeds while I was sleeping And the vision that was planted in my brain Still remains within the sound of silence In restless dreams I walked alone Narrow streets of cobblestone 'Neath the halo of a street lamp I turned my collar to the cold and damp When my eyes were stabbed By the flash of a neon light That split the night And touched the sound of silence And in the naked light I saw Ten thousand people, maybe more People talking without speaking People hearing without listening People writing songs That voices never share And no one dare Disturb the sound of silence "Fools" said I, "you do not know Silence like a cancer grows Hear my words that I might teach you Take my arms that I might reach you" But my words like silent raindrops fell And echoed in the wells of silence And the people bowed and prayed To the neon God they made And the sign flashed out
Uma das coisas que a experiência de Zaqueu ajuda a compreender é a de que a fé em Deus não é monolítica, com coração de pedra. Muito menos moralista. O olhar de Jesus é, tal como na última ceia, de baixo para cima, sem soberba ou ponta de superioridade, vendo o melhor de cada pessoa. Quem se fecha em dogmatismo e moralismo, em murmúrios como diz o Evangelho, perde a oportunidade de ser encontrado. Afinal, deixou de ser um buscador… e a fé vive-se em busca, por caminhos inacabados… e tantas vezes inesperados. Paulo, sj http://oinsecto.blogspot.pt/2016/10/zaqueu-e-fe.html
I did my best, it wasn’t much I couldn’t feel, so I tried to touch I’ve told the truth, I didn’t come to fool you And even though it all went wrong I’ll stand before the Lord of Song With nothing on my tongue but Hallelujah. Leonard Cohen
"Sabia que aconteceria um dia..."  11/11/2016
Desci. Sentei-me perto, muito perto da avó Agnette. Ficámos a olhar o verde jardim, as gotas a evaporarem, as lesmas a prepararem os corpos para as novas caminhadas. O recomeçar das coisas. - Não sei onde as lesmas sempre vão avó. - Vão para casa, filho. - Tantas vezes de um lado para outro? - Uma casa está em muitos lugares - ela respirou devagar, me abraçou – É uma coisa que se encontra. Ondjaki in 'Os da minha rua'
A vida é tecida como o linho: um fio de dor, um fio de ternura. Eu intrometo-lhe sempre um fio de sonho. Foi o que me perdeu. Raul Brandão in 'Húmus'
Não deixar que nos passe ao lado (mesmo ali ao nosso lado)

Lonely Island

É tão fácil mantermos a solidão. 

Deixem passar

Deixem passar. Tesoura. Vejam a tensão arterial. Oxigénio. Podem dar-me gaze? Consegue mexer a mão? Tirem uma radiografia. Qual é a tensão agora? Tesoura. 90/70. Sutura. Pinça. A tensão está a descer. O pulso está fraco. Quanto sangue temos? Afastador. Esta é a subclávia. Duas de demorol. Quais são as hipóteses? Não mais de 50%. De onde partiu a eternidade, bebo água, corto fruta, faço um corte e deixo-o dizer partes soltas do corpo sob o fio da torneira, divido-o em vários, linhas gregas e pancada de sonhos, a luz estoirada, lâmpadas em cacos aguardando os teus pés. No corredor os quadros põem-se a olhar além de si mesmos, a hera mete-se entre os móveis, folhas de água escorrem, pingam, um perfume encarquilhado acena de outras épocas, um piano de joelhos, metade dentro, e o rabo a sair pela varanda, faz de canteiro. A flor ignorante da hora afoga a velha sede num copo em cada estante, os livros sem fundo, lidos só por fungos, tornam o ar irisado, boquiaberto. A cozinha é uma memória
Às vezes o presente tem presença a mais, presente de mais. Sente-se a luz a passar nos dedos, as casas a encolher. É preciso então orientar o tempo, traçar um caminho, azangar um fosso, seguir uma formiga, caminhar só. Louise Warren
“I heard somebody define heaven once,” she said, looking at Pearl, “as a place where, when you get there, all the dogs you ever loved run to greet you.” ― Robert B. Parker
A humanidade de Jesus Cristo não seria verdadeira se não tivesse encarnado realmente, se não tivesse realmente assumido a carne. Jesus não é apenas meio-homem e meio-Deus, nem apenas uma aparência de homem ou uma aparência de Deus. A radicalidade do cristianismo vai mais fundo: afirma que aquele homem concreto é o Filho de Deus encarnado, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que não veste apenas a pele de homem mas que, mesmo depois de ressuscitado, não se despiu da sua humanidade, como se de uma coisa acessória ou secundária se tratasse. Duarte Rosado, sj
"Alegra-te, ó cheia de graça". Esta alegria e graça é outro aspecto digno de consideração, na saudação Khaire (Avé); em grego as duas palavras - alegria e graça (Khara e Kharis) - são formadas a partir da mesma raiz. Alegria e graça andam juntas. A Infância de Jesus, Bento XVI

Saudade

Queridos Missioneiros Icbasianos O que o ICBAS junta, a vida não separa Caminho, 2015

A cidade que nos prende, de corpo e alma

o

8 things to know and share about the Annunciation

BY JIMMY AKIN   04/07/2013  http://www.ncregister.com/blog/jimmy-akin/8-things-to-know-and-share-about-the-annunciation This Monday we're going to be celebrating the solemnity of the Annunciation. This day celebrates the appearance of the Angel Gabriel to the Virgin Mary to announce of the birth of Christ. What's going on and why is this day important? Here are 8 things you need to know. 1. What does the word "Annunciation" mean? It's derived from the same root as the word "announce." Gabriel is announcing the birth of Christ in advance. "Annunciation" is simply an old-fashioned way of saying "announcement." Although we are most familiar with this term being applied to the announcement of Christ's birth, it can be applied in other ways also. For example, in his book  Jesus of Nazareth 3: The Infancy Narratives , Benedict XVI has sections on both "The  annunciation of the birth of John" and "The

Não sei quantos almas tenho

Não sei quantas almas tenho. Cada momento mudei. Continuamente me estranho. Nunca me vi nem achei. De tanto ser, só tenho alma. Quem tem alma não tem calma. Quem vê é só o que vê, Quem sente não é quem é, Atento ao que sou e vejo, Torno-me eles e não eu. Cada meu sonho ou desejo É do que nasce e não meu. Sou minha própria paisagem, Assisto à minha passagem, Diverso, móbil e só, Não sei sentir-me onde estou. Por isso, alheio, vou lendo Como páginas, meu ser O que segue não prevendo, O que passou a esquecer. Noto à margem do que li O que julguei que senti. Releio e digo: «Fui eu?» Deus sabe, porque o escreveu. 24-8-1930 Novas Poesias Inéditas.  Fernando Pessoa.

Saudade

Quando nos iremos, ah quando iremos de aqui? Quando, do meio destes amigos que não conheço, Do meio destas maneiras de compreender que não compreendo, Do meio destas vontades involuntariamente Tão contrárias à minha, tão contrárias a mim?! Ah, navio que partes, que tens por fim partir, Navio com velas, navio com máquina, navio com remos, Navio com qualquer coisa com que nos afastemos, Navio de qualquer modo deixando atrás esta costa, Esta, a sempre esta costa, esta sempre esta gente, Só válida à emoção através da saudade futura, Da saudade, esquecimento que se lembra, Da saudade, engano que se deslembra da realidade, Da saudade, remota sensação do incerto Vago misterioso antepassado que fomos, Renovação da vida antenatal, [...] Absurdamente surgindo, estática e constelada Do vácuo dinâmico do mundo. Que eu sou daqueles que sofrem sem sofrimento, Que têm realidade na alma, Que não são mitos, são a realidade Que não têm alegria do corpo ou
Nada sabemos da alma Senão da nossa; As dos outros são olhares, São gestos, são palavras, Com a suposição de qualquer semelhança No fundo. 1934 Poesias Inéditas (1930-1935). Fernando Pessoa
"Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver,acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens." Fernando Pessoa