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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2014

Ofelinha

Não sou ninguém!

Não sou Ninguém! Quem és tu? És tu - Ninguém - também? Há, pois, um par de nós? Não fales! Não vão eles - contar! Que horror - o ser - Alguém! Que vulgar - como Rã - Passar o Junho todo - a anunciar o nome - A charco de pasmar! Emily Dickinson, Cem poemas, Relógio D''Água, 2010 Não me levar demasiado a sério pode ser o necessário para me encontrar com o outro que - secretamente? - também sabe da sua fragilidade.  http://www.essejota.net/index.php?a=vnrhrlqqvkuivvqluprhrsqhutrhqqqkqruiqjrurqrkqrrnvvqnqlqrvrqjrurn

Sorri e ganhei o dia

Quem de nós, hoje, ao acordar, pensou: "hoje vou ser pequeno."? Quem de nós, hoje, ao escolher a roupa, escolheu: "hoje vou ser pequeno."? Quem de nós, hoje, ao conduzir na azáfama matinal, decidiu: "hoje vou ser pequeno".? Quem de nós, hoje, podendo, tendo a força, tendo a forma, tendo a capacidade de o fazer, optou ser o pequeno, aquele que faz o que mais ninguém se dispõe a fazer, aquele que diz o que mais ninguém se dispõe a dizer, aquele que vê o que mais ninguém se dispõe a ver e deixa que todos, absolutamente todos, usem e abusem possam ser o que quiserem ser como quiserem ser quando quiserem ser. Quem de nós, hoje, se deixa utilizar e se deixa manipular, servindo-se, e aceita depois ficar de lado ignorado completamente ignorado, ostensivamente ignorado como se nunca sequer tivesse existido? Quem de nós, hoje, ao acordar pensou: "hoje quero ser como o meu Deus!"? http://olharonovo.blogspot.pt/2014/05/quem-de-no

Luz por dentro das coisas

A realidade é apenas uma luz por dentro das coisas. Teia em que se enreda o olhar que traz dentro de si o amor do mundo. Vaso que dá forma à toalha líquida dos instantes. Suspensa ponte sobre as margens do tempo. Baste ao amor a adivinhação, ao sorriso a presença de um sonho. A luz floresce em qualquer parte. Adolfo Casais Monteiro

Prometer não nos dá dias para viver

Um dia vais perceber que tudo aquilo que perdemos foi tudo aquilo que já tivemos. Todas as compatibilidades, os pontos de encontro entre o meu e o teu, perdemo-los na pressa dos dias. Todos os toques, os abraços, a tua cabeça no meu peito ao adormecer e a minha mão na tua ao deitar, perdemo-los, quando deixamos que as tristezas de cada um escondessem o bom que é termo-nos, sabermo-nos um do outro, estarmos juntos. Um dia vais perceber que estivemos tão perto de ter tudo mas demos esse tudo por contado, por garantido e, na segurança do que já tínhamos, esquecemo-nos de conquistar o que nos faltava, que eram todos os outros dias da nossa vida. Todos aqueles dias que prometemos que ficaríamos os dois, os três, eu, tu e o nosso amor. Mas prometer não chega para ficar, prometer não nos dá dias para viver e nós, eu e tu, esquecemo-nos disso. E prometemos, mas não cumprimos. Prometemos ficar, prometemos amar-nos todos os dias, mas esquecemo-nos de amar. Todos os dias. http://tantoparac

Hoje encontrei Deus (também) aqui.

Se fosses pássaro baterias as asas para destruir a armadilha Se fosses insecto deixarias círculos apenas ao redor da luz Se fosses abelha farias zumbir a revolta Mas és voo pela sombra Se fosses formiga carregarias a ordem, armazenarias a fadiga Se fosses flor polinizarias a terra Serias coroa incorruptível Se fosses flor através das estações Daniel Faria In: Poesia. Vila Nova de Famalicão: Quasi, 2003, p. 37

A altura da minha mãe

Não sei se te disse, a minha mãe é baixinha e tem de pôr-se em bicos de pés para me dar beijos. Há uns anos eu é que me empinava, suponho, para lhe roubar um beijo. Passamos a vida a esticar-nos e a agachar-nos para buscar a medida exacta para podermos amar-nos. Begoña Abad http://ruadaspretas.blogspot.pt/2014/05/begona-abad-altura-da-minha-mae.html

Um dia vou ser eu

Em África ninguém diz "Adeus"

Trazemos no regaço desta capulana, como mãe moçambicana que protege o seu rebento mais precioso, a cruz que nos foi confiada quando partimos em missão. Dezasseis pequenas cruzes uniram-se em 2011 para ser e estar junto daqueles que descobrimos carregar cruzes bem maiores, ainda que o sorriso desarmante frequentemente roube atenção aos pés descalços ou à mesa vazia de pão. Pequenas cruzes como estas estão guardadas, mais do que penduradas ao pescoço, no coração de cada um de nós. Com elas partilhámos vida e mais vida de pés descalços ao luar, orações simples, ternas, numa pequena capela improvisada, em que, no final do dia, nos entregávamos uns aos outros e nos braços do Pai, o trabalho diário que tanto nos preenchia nas diferentes casas, viagens inesquecíveis de machimbombo entre palmeiras e cubatas, os rostos, os nomes e os olhares daqueles que carinhosamente nos chamavam "Manos" e hoje adensam uma névoa da saudade. Cada uma das nossas cruzes carrega ainda o pó do chão v

O nosso interior e a nossa realidade

O nosso interior deixa-se analisar de três maneiras. Pelas coisas que nós vemos e que os outros não vêem, pelas coisas que os outros vêem e que nós não vemos e pelas coisas que as duas partes vêem. As três visões juntas dão à pessoa um quadro mais completo da sua realidade. http://www.apostoladodaoracao.pt/index.php/o-mundo-a-nossa-volta

Deus está

Dios está por encima tuyo para bendecirte, debajo para sostenerte, delante para orientarte detrás para protegerte... y a tu lado siempre para acompañarte... http://elevangelioencasa.blogspot.pt/2014/05/dios-esta-por-encima-tuyo-para.html

Morreste-me

Morreste-me. Mas a memória  guarda-me o teu cheiro, as tuas mãos e o teu sorriso.  Estás em nós e eu estou em ti.  Eu jamais seria eu sem a tua presença  constante na minha vida.  Comparência que eu gostaria de poder prolongar.  Mantenho a memória acesa  com pedaços de imagens que me fazem sorrir. Deixaste-te ficar em tudo... os teus movimentos,  o eclipse dos teus gestos.  E tudo isto é agora pouco para te conter.  Agora, és o rio e as margens e a nascente;  és o dia, e a tarde dentro do dia, e o sol dentro da tarde; és o mundo todo por seres a sua pele. José Luís Peixoto

Tempos de Menina

Hoje encontrei Deus (também) aqui.

Escrevi um poema triste

Eu escrevi um poema triste E belo, apenas da sua tristeza. Não vem de ti essa tristeza Mas das mudanças do tempo, Que ora nos traz esperanças Ora nos dá incerteza... Nem importa, ao velho Tempo, Que sejas fiel ou infiel... Eu fico, junto à correnteza, Olhando as horas tão breves... E das cartas que me escreves Faço barcos de papel! Mário Quintana

Abensonha-me. Por favor.

Hoje encontrei Deus (também) aqui.

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