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A mostrar mensagens de agosto, 2018
Meu pátxinho! Ainda chamo por ti, talvez voltes da montanha.
Continuo a gostar tanto deste poema como se não fosse meu. acredito na verdade  dos lugares onde posso ir descalça não me envergonha a pobreza da alma que lhes entrego das mãos estendidas dou-lhes o vazio  e em vazios recebo a fome de voltar a sede de voltar a insónia de quem volta  ... todos os dias Patrícia
Nesse dia, em junho, no Sul de França, o dia em que Ziad entrou na Líbia, nadei sozinho no mesmo mar Mediterrâneo. Por algum motivo, recordei de uma forma mais nítida do que nunca que havia sido o meu pai quem me ensinara a nadar: segurando-me à superfície, com uma mão a empurrar-me o ventre, dizendo: - Isso mesmo. Nunca tive medo do mar, até ele desaparecer. o Regresso Hisham Matar
Esse que em mim envelhece assomou ao espelho a tentar mostrar que sou eu. Os outros de mim, fingindo desconhecer a imagem, deixaram-me a sós, perplexo, com meu súbito reflexo. A idade é isto: o peso da luz com que nos vemos. Mia Couto
(...) Nada sabemos da alma Senão da nossa; As dos outros são olhares, São gestos, são palavras, Com a suposição de qualquer semelhança No fundo. 1934 fernando pessoa poesias inéditas (1930-1935) ática 1955

Coisas que têm quereres

És da cor da calma Trazes nos ombros o luar de outros planetas
Cómo he podido amanecer sin vos el que tuvo tu noche necesita tu alba atravesar tu mañana hasta tu mediodía y la siesta exige la tarde imposible la tarde sin el atardecer y por consiguiente volver a tu noche la circunferencia del tiempo consiste en tu presencia César Fernández Moreno
Quando vier a primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma. Se soubesse que amanhã morria E a primavera era depois de amanhã, Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo. Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é. Alberto Caeiro
- Eles acham que têm o dever de salvar os africanos... O sol brilhava sobre a prata lisa da lagoa. Ficamos um tempo em silêncio, partilhando a perfeição da tarde. Finalmente Hongolo falou: - Conheces a história do macaco e do peixe? Eu não conhecia. Então o quimbanda pôs-se a contar: andava um macaco a passear pela floresta. Movia-se aos saltos pelas árvores, quando topou com uma lagoa como esta e olhando-a, entre o encanto e o susto, porque todos os macacos receiam a água, viu um peixe movendo-se em meio ao lodo espesso, junto à margem. "Que horror!", pensou o macaco, "aquele pequeno animal sem braços nem pernas caiu à água e está a afogar-se." O macaco, que era um bom macaco, ficou numa grande angústia. Queria saltar e salvar o animalzinho, mas o terror impedia-o. Por fim, encheu-se de coragem, mergulhou, agarrou o peixe e atirou-o para a margem. Conseguiu içar-se para terra firme e ficou ali, alegre, vendo o peixe aos saltos. "Fiz uma boa ação", pensou,
“La felicidad se ha convertido en un instrumento de tortura” IMA SANCHÍS 02/08/2018 02:18 | Actualizado a 02/08/2018 06:16 https://www.lavanguardia.com/lacontra/20180802/451187640763/la-felicidad-se-ha-convertido-en- un-instrumento-de-tortura.html José Carlos Ruiz, doctor en Filosofía, reivindica el pensamiento crítico Tengo 43 años. Soy cordobés. Casado, dos hijos. Profesor asociado de la Universidad de Córdoba y veinte años de profesor de instituto. La era de la selfie se ha trasladado a la política y cada opción mira por su buche. Nos han condenado a ser felices por obligación, y lo que es peor, por imitación. Suena grave. Lo es, porque la felicidad se ha convertido en un instrumento de tortura. Nos venden que la felicidad es algo instantáneo y fácil de adquirir. Se trata de una felicidad postiza y a la venta que nos convierte en drogodependientes emocionales. Me está asustando. La palabra de moda es tendencia: el viaje que no te puedes perder, el último gadget, el restaurante de
Os negócios não os deixam descansar De noite fazem contas de dia galopam A sua vida é uma azáfama constante Desconhecem que sobre as suas casas o céu é azul tai fu ku (china c. 1198) rosa do mundo 2001 poemas para o futuro trad. jorge de sousa braga assírio & alvim 2001