Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2018

Em dias de ser feliz, ouvem-se músicas assim

Síria 10.0 - “Eu gosto de ti” na Síria Gustavo Carona https://www.facebook.com/gustavocaronaapenasummedico/ A minha missão na Síria pressupunha que o meu Natal se passasse no meio da guerra, longe do meu mundo. Saber que não iria passar o Natal com os meus não me fez hesitar, tal era a minha motivação para vir, mas com a aproximação do dia comecei a ficar bastante saudoso. Há muito que não celebro o nascimento de Jesus Cristo, porque sou ateu, mas ainda assim adoro o Natal e o que ele simboliza para mim. A família toda à volta da mesma mesa... a memória das mesas anteriores... a celebração dos que ali estão... e a memória dos que ali estão no nosso pensamento, como a minha querida avó que vivia para unir a sua grande família... E com os amigos igual ou melhor ... a família que os anos foram escolhendo, e quantos desejos de saúde, felicidade e amizade eterna cabem naquele forte abraço que deseja “Bom Natal”... E para mim, muito mas muito longe do que aconteceu há 2000 e tal anos, o q
Dai-me, Senhor, meu Deus, o que Vos resta; Aquilo que ninguém Vos pede. Não Vos peço o repouso nem a tranquilidade, Nem da alma nem do corpo. Não Vos peço a riqueza nem o êxito nem a saúde. Tantos Vos pedem isso, meu Deus, Que já não Vos deve sobrar para dar. Dai-me, Senhor, o que Vos resta, Dai-me aquilo que todos recusam. Quero a insegurança e a inquietação. Quero a luta e a tormenta. Dai-me isso, meu Deus, definitivamente; Dai-me a certeza de que essa será a minha parte para sempre, Porque nem sempre terei a coragem de Vo-la pedir. Dai-me, Senhor, o que Vos resta, Dai-me aquilo que os outros não querem. Mas dai-me, também, a coragem E a força e a fé. https://zimborios.blogspot.com/2018/06/dai-me-senhor-meu-deus-o-que-vos-resta.html
Aceitar o dia. O que vier. Atravessar mais ruas do que casas, mais gente do que ruas. Atravessar a pele até ao outro lado. Enquanto faço e desfaço o dia. O teu coração dorme comigo. Agasalha-me as noites e as manhãs são frias quando me levanto. E pergunto sempre onde estás e porque as ruas deixaram de ser rios. Às vezes uma gota de água cai ao chão como se fosse uma lágrima. Às vezes não há chão que baste para a enxugar. Rosa Alice Branco

Deus anda por aí

Que bela manhã para pôr a alegria ao sol, que bela manhã para enfeitar o estendal das horas com sorrisos felizes e palavras de alento. Que bela manhã para sair de casa de braço dado com a vida e deixar que o seu beijo cure mágoas antigas. As feridas cicatrizam melhor ao ar livre. lado.a.lado https://www.facebook.com/coisasdavida.vidadascoisas/
Uma vez, dei comigo no cemitério de Lautolim, em Goa, a ler, um por um, todos os nomes escritos nas lápides das sepulturas. Como se os nomes me pudessem contar as suas histórias, explicar o segredo da sua obstinação, da sua partida Tejo fora, numa manhã de há quatrocentos ou duzentos anos atrás. O meu fascínio consiste apenas em ver e imaginar. Não tento compreender e, menos ainda, julgar: sei que mataram, que estropiaram, que escravizaram, que maltrataram. Sei que não há nada de grandioso ou de louvável em tantas dessas vidas sepultadas nos cemitérios do Império. Mas, todavia, não julgo. Porque eles estão mortos e eu estou ainda vivo, sem dúvida. Mas porque também é uma insuportável arrogância moral julgar a História com a vantagem do tempo. Limito-me assim a olhar os sinais das sua passagem, a imaginar o que de sonhos, ilusões e saudades incontáveis está sepultado nas ruínas das casas onde eles viveram, na cova que os seus passos marcaram na pedra das lajes, séculos a fim, no mesmo
Nem tudo é lei da vida ou lei da morte. Há limbos onde o homem desconhece Esse dilema hostil. É quando ama, ou sonha, ou faz poemas, E a própria natureza o não domina. Então, livre e perfeito, Paira no tempo como o pó suspenso. Nem do céu, nem da terra, nem sujeito Ao pesadelo de nenhum consenso. miguel torga diário VII 1956