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A mostrar mensagens de 2013
You can kiss your family and friends good-bye and put miles between you, but at the same time you carry them with you in your heart, your mind, your stomach, because you do not just live in a world. A world lives in you.  Frederick Buechner

O tempo ondula, ondula o tempo...

S. Agostinho sabia o que é o tempo. Mas quando lhe perguntavam o que era, ficava sem saber. Tu, apenas tu, tens a chave do tempo. Por rigorosos que sejam os nossos cálculos e contas sempre tropeçamos na fronteira do tempo sabendo algo dum ontem muito próximo e breve e quase nada do dia de amanhã ou do minuto que se segue a cada sopro de vida que nos concedes. Entontecidos, muitos enchem esta noite de falsos foguetes, espécie de exorcismo laico para afugentar não se sabe o quê, ou para implorar não se sabe a quem, o simples desconhecido. Prefiro, num silêncio festivo, agradecer-te o tempo que não sei bem o que é, nem preciso saber. Basta-me a certeza de que está nas tuas mãos e que guardas carinhosamente a chave que o abre e fecha. http://rr.sapo.pt/rubricas_detalhe.aspx?fid=70&did=133390

Passagem de segundo

A reter: "Talvez o tempo não avance como a ciência e os relógios garantem. Talvez o tempo ondule. Se assim for, é certo que ondulamos com ele. " Existem vinte e quatro fusos horários. Por isso, durante um dia inteiro, hora a hora, há pessoas a celebrarem o fim/início de ano velho/novo. O planeta gira à sua velocidade pesada, como um daqueles cilindros de carne, um espeto de shoarma, e, durante um dia inteiro, hora a hora, é varrido por multidões a contarem em coro, a brindarem, a entusiasmarem-se ou a comoverem-se. Começa numa ilha qualquer do Pacífico. Ainda não estamos vestidos para a festa e já vimos no telejornal o fogo de artifício em Sidney. Depois, hora a hora, vai-se aproximando. Quando falta pouco, alguém diz: já é ano novo em Espanha. Contar para trás exige um nível apurado de atenção. Talvez possa ser comparado com o esforço que um destro faz ao assinar o nome com a mão esquerda. O princípio é semelhante. Contraria uma espécie de instinto, algo que se

Ser salvo para salvar

Brian Kershisnik, Nativity (2006) Na mesma lógica do Domingo passado (IV Advento), o evangelho continua a apresentar o papel imprescindível de José, servo da Palavra. Mais do que o comportamento de um autómato, a resposta imediata de José às palavras do Anjo é fruto de uma obediência no sentido mais autêntico da palavra: ob-audire, ouvir com assentimento. Entre o binómio de verbos “o Anjo disse/José levantou-se (tomou o menino e a mãe e partiu)” e o outro “o Anjo disse/José (de novo) levantou-se, tomou…” há um longo e verdadeiro itinerário no tempo e no espaço, itinerário de treino na adesão à vontade de Deus, de escuta atenta e criativa. Ouvir e esperar a vontade e Deus exige um exercício árduo e constante, mas é a única forma de estar prontos para a resposta justa, na altura certa, uma espécie de “assertividade espiritual”. O percurso de Jesus vai do ser salvo ao ser Salvador. Ainda antes de dar vida aos outros, é Jesus quem vê a sua vida protegida por outros, por algué

Deus não protege da noite, mas na noite

O Natal não é sentimental mas dramático: é o início de um novo ordenamento de todas as coisas. Não uma festa de bons sentimentos, mas o juízo sobre o mundo, a conversão da história. A grande roda do mundo tinha sempre girado num único sentido: de baixo para o alto, do pequeno para o grande, do frágil para o forte. Quando Jesus nasce, ou melhor, quando o Filho de Deus é dado à luz por uma mulher, o movimento da história bloqueia-se por um instante, e depois começa a fluir no sentido oposto: o omnipotente faz-se frágil, o eterno faz-se mortal, o infinito está no fragmento. A sorte do mundo decide-se no interior de uma família: um pai, uma mãe, um filho, o nó da vida, o eixo do futuro. O que é decisivo – hoje como então – acontece dentro das relações, coração a coração, na coragem quotidiana de uma, de muitas, de infinitas criaturas enamoradas e generosas que sabem tomar consigo a vida de outros. José é o modelo de todo o crente, no qual a fé e os afetos se reforçam mutuamente. Herod

Um punhado de sal

"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse. - Qual é o gosto? - perguntou o Mestre. - Ruim. - disse o jovem sem pensar duas vezes. O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse junto com ele ao lago. Os dois caminharam em silêncio, e quando chegaram lá o mestre mandou que o jovem jogasse o sal no lago. O jovem então fez como o mestre disse. Logo após o velho disse: - Beba um pouco dessa água. O jovem assim o fez e enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou: - Qual é o gosto? - Bom! - o jovem disse sem pestanejar. - Você sente o gosto do sal? - perguntou o Mestre. - Não. - disse o jovem. O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse: - A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a
Precisava de falar-te ao ouvido De manter sobre a rodilha do silêncio A escrita. Precisava dos teus joelhos. Da tua porta aberta. Da indigência. E da fadiga. Da tua sombra sobre a minha sombra E da tua casa. E do chão. ** Socorre-me, devolve-me a leveza Da tão primeira nuvem que avistares ** As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo, As mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados inclinados Ao peso dos pássaros que se abrigam. É à janela dos filhos que as mulheres respiram Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas Transformam-se em escadas Muitas mulheres transformam-se em paisagens Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram Nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem Cheias de rebentos As mulheres aspiram para dentro E geram continuamente. Transformam-se em pomares. Elas arrumam a casa Elas põem a mesa Ao redor do coração. Daniel Faria in, POESIA edições quasi
Santo Inácio dizia no Princípio e Fundamento dos EE, que é necessário fazer-nos indiferentes a todas as coisas criadas, de tal maneira que não queiramos mais saúde que doença, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida curta, e consequentemente em tudo o mais; mas somente desejemos e escolhamos o que mais nos conduz para o fim para que somos criados [Princípio e fundamento, 23]. http://www.essejota.net/index.php?a=vnrhrlqqvkuivvqluprhrsqhutrhqqqkqruiqjrurprrqornvvqnqlqrvrqjrurn

Cais

Stephane
http://ncronline.org/feature-series/francis-comic-strip

Vida e máquinas

Visito um lar de ido­sos no dia de Natal. São olha­res vazios de vida (ou cheios de outra vida, quem sabe?) que me fazem pen­sar na pos­si­bi­li­dade do homem ter inven­tado as téc­ni­cas e as máqui­nas para sobre­vi­ver­mos — 92 anos, 93 anos, 95 anos — mas ainda não ter inven­tado, ou sabido fazer as estru­tu­ras para que com­pre­en­da­mos o que que­rem os nos­sos velhos. Que­rem que os dei­xem? Que­rem mor­rer? Sabem que é Natal e não têm paci­ên­cia para a data? Nem sabem que época é, ape­sar de as tele­vi­sões sem­pre ace­sas? O mundo infan­ti­li­zado que assis­ten­tes, enfer­mei­ras e fun­ci­o­ná­rias criam à volta des­tes velho­tes — pala­vras cheias de inhos e inhas — é do seu agrado? Ou detes­tam, pura e sim­ples­mente o que têm? Não se expres­sam por­que não podem ou por­que não que­rem? Temos os meios de pro­lon­gar a vida, mas não sabe­mos o que have­mos de fazer com ela. Ou, então, opti­mis­ti­ca­mente, direi que estes nos­sos velhos são os pio­nei­ros de um outro mundo on

"Metade da minha alma é maresia", SMBA

Hoje, acordei a pensar no Meco, numa gruta de desespero onde silenciados pela bruma gritam aqueles que agora vêem os seus meninos regressar pela mão do mar, pela exaustão da ondas. Vêem os seus meninos longe das suas mãos, longe de toda a eternidade que lhes juraram enquanto seus, divinamente seus. Longe de tudo aquilo que é vida, que era a sua vida, a única a que um dia juraram morrer abraçados. Hoje, não os consigo imaginar em peregrinação para qualquer outra gruta que não seja aquela praia. O mar, tirano mar, que a tantos consola e apruma velas, roubou-lhes o berço onde também eles nasciam. Hoje, não os consigo imaginar sentados à volta de nenhuma mesa que não seja aquele areal, em redor de todas aquelas rochas afastadas, como cadeiras afastadas da mesa para fingir espaço, como quem quer enganar a morte. Não os consigo imaginar beber de qualquer outra recordação que não seja aquela noite trágica, que não permite mais lembranças, que faz doer lembrar. Não consigo imaginá-lo

Natal

Foi tudo tão pontual Que fiquei maravilhado. Caiu neve no telhado E juntou-se o mesmo gado No curral. Nem as palhas da pobreza Faltaram na manjedoira! Palhas babadas da toira Que ruminava a grandeza Do milagre pressentido. Os bichos e a natureza No palco já conhecido. Mas, afinal, o cenário Não bastou. Fiado no calendário, O homem nem perguntou Se Deus era necessário… E Deus não representou. Miguel Torga
1. Hoje é dia 24 de Dezembro. Faz aí uns dez dias, fui a Valadares, por sinal terra do meu avô paterno. Durante muitos anos, pela mão de meu pai, ia regularmente a Valadares, à Rua das Pedreiras, que era perto e bom caminho. De resto, algures pelo fim do secundário e início da universidade, por lá passei jornadas de grande intensidade, com as glórias, os terrores e as aventuras de que fala o cantor. Tenho lá amigos, daqueles maiores, que, mesmo quando os vemos pouco ou até quase nada, viajam sempre connosco – e é sabido que viajo muito. Mas nesse dia fui a Valadares fazer algo que faço de quando em vez: falar com Anselmo Borges, o padre, o filósofo, o teólogo, o professor e o amigo. Estive por lá pouco menos que um par de horas e, em quinze ou vinte minutos, regressei a casa. Regressei a casa a pensar, a pensar em Deus. 2. A conversa andou, por certa altura, em redor de duas das leituras do passado domingo – o quarto do Advento na liturgia católica –, que prenuncia e prescreve que o no
Não tenhas medo, ouve: É um poema Um misto de oração e de feitiço... Sem qualquer compromisso, Ouve-o atentamente, De coração lavado. Poderás decorá-lo E rezá-lo Ao deitar Ao levantar, Ou nas restantes horas de tristeza. Na segura certeza De que mal não te faz. E pode acontecer que te dê paz... Miguel Torga, Diário XIII
Se me obrigassem a dizer porque o amava, sinto que a minha única resposta seria: ''Porque era ele, porque era eu''. Michel de Montaigne

Desisti

Desisti de saber qual é o Teu nome, Se tens ou não tens nome que Te demos, Ou que rosto é que toma, se algum tome, Teu sopro tão além de quanto vemos. Desisti de Te amar, por mais que a fome Do Teu amor nos seja o mais que temos, E empenhei-me em domar, nem que os não dome, Meus, por Ti, passionais e vãos extremos. Chamar-Te amante ou pai... grotesco engano Que por demais tresanda a gosto humano! Grotesco engano o dar-te forma! E enfim, Desisti de Te achar no quer que seja, De Te dar nome, rosto, culto, ou igreja... - Tu é que não desistirás de mim! José Régio http://olharonovo.blogspot.pt/2013/12/desisti-de-saber-qual-e-o-teu-nome.html
Não te aflijas com a pétala que voa: também é ser, deixar de ser assim. Rosas verá, só de cinzas franzida, mortas, intactas pelo teu jardim. Eu deixo aroma até nos meus espinhos ao longe, o vento vai falando de mim. E por perder-me é que vão me lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim. Cecília Meireles
Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida. É um arco-íris de sombra, quente e trémulo, É um corpo de vinho com o meu sangue e o sol. António Ramos Rosa
Onde a poesia se exibe como um espectáculo espectacular não é poesia onde a audácia do poema não é única não é poesia onde a poesia não é inocência de natureza fluvial não é poesia onde a poesia não é escandalosamente pura não é poesia onde a poesia não é filha do deserto nem da sede não é poesia onde a poesia não é presença viva que nasce da solidão e da ausência não é poesia onde a poesia não se oferece no seu abandono não é poesia onde a poesia não é poesia não é poesia António Ramos Rosa

No dia em que tivesse a minha casinha, gostava de ter isto junto da porta... Para que me lembrasse sempre como é que o mundo espera por mim.

Tu não és especial

Apesar dos miminhos que recebeste dos teus pais, apesar de teres amigos que se riem das tuas piadas e apesar de já teres passado por muita coisa…  não caias em ilusões: tu não és especial. Não és especial porque andaste   naquela  universidade ou tens   aquele  trabalho. Não és especial porque tens boa aparência ou porque há alguém que gosta de ti. És apenas mais um em 7 biliões , por isso escusas de andar por aí como se o mundo te devesse alguma coisa. Essa cara de vinagre fica-te mal, e esse ar só estraga o ânimo à malta. A sociedade não te deve um trabalho, a família não te deve uma casa e os teus amigos não te devem atenção. Nada disso:  o mundo não te deve nada, és tu que deves muito ao mundo. Deves ao mundo o teu tempo, energia e inteligência.  A tua melhor intenção e o teu melhor empenho. Trabalhar porque acreditas que o teu trabalho é importante, não porque tens um estatuto a manter. Estudar pelo entusiasmo de aprender e não apenas para passar nos exames. Namora

A álgebra e o amor (Já não encontrava um blog tão bom e tão fresco há muito tempo!)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 17 18 19 20 E assim aprendemos a contar. Com  paciência , com  repetição , com  memória . Será que como aprendemos a álgebra, também assim podemos aprender a amar? Com paciência, com repetição? Com memória? Pois sim. Quem nos formou, construiu-nos num universo de  paciência , numa multiplicação de generosidades. Toda essa atenção fabricou o nosso tecido interior. E como essa atenção não basta, a  repetição  reforçou em nós a aprendizagem do amor. “Gosto muito de ti”. Beijinhos, milhares deles, a propósito e a despropósito. E de novo a propósito. E mais beijinhos. Já te disse? “Gosto muito de ti”. Esta experiência tão extraordinária quanto comum ,torna-se uma  memória . Um lugar ao qual voltamos sem grande esforço, uma lembrança interna, uma casa que não tem preço. Aprendemos por isso a amar. Porque antes,  aconteceu connosco. Mas para os olhos mais atentos, a contagem no início deste texto falha um numero.  O 16. Um pouco depois do meio do

África minha

Talvez um dia, miúda ;-) Talvez um dia sem fronteiras.

Rostos com o mundo inteiro em cada prega

Visão 12.12.21013 António Lobo Antunes O lugar onde, até hoje, senti mais orgulho em ser pessoa foi o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, onde a elegância dos doentes os transforma em reis. Numa das últimas vezes que lá fui encontrei um homem que conheço há muitos anos. Estava tão magro que demorei a perceber quem era. Disse-me - Abrace-me porque é o último abraço que me dá durante o abraço - Tenho muita pena de não acabar a tese de doutoramento e, ao afastarmo-nos, sorriu. Nunca vi um sorriso com tanta dor entre parêntesis, nunca imaginei que fosse tão bonito. Com o meu corpo contra o dele veio-me à cabeça, instantâneo, o fragmento de um poema do meu amigo Alexandre O'Neill, que diz que apenas entre os homens, e por eles, vale a pena viver. E descobri-me cheio de respeito e amor. Um rapaz, de cerca de vinte anos, que fazia quimioterapia ao pé de mim, numa determinação tranquila: - Estou aqui para lutar e, por estranho que pareça, h

Se há coisa que me rege na vida, é isto!

Foram a par, sem que nada fosse dito, como se fosse natural passar pela praia antes de ir a qualquer lugar. Foi ali que se conheceram, dali a amizade e o Deus que partilham, um deus líquido e salgado, como lágrimas ou suor, como o que sai do corpo e cansaço. Debaixo de algum céu, Nuno Camarneiro
O amor não é fácil em nenhuma idade e dói tanto ceder-lhe como fugir-lhe. Mas o amor é o que há, e eu estou velho para morrer sozinho. Debaixo de algum céu, Nuno Camarneiro

;-)

Não é Ele que vem, somos nós que vamos!

Estamos demasiado habituados a associar a palavra “advento” com vinda ou chegada. Por isso, consideramos este tempo como a preparação para o nascimento de Jesus ou Natal. Porém, é possível associar a palavra latina “adventus” àquilo que ela deu origem em italiano, “avvenire” e, francês, “avenir”, isto é, futuro. O advento é o nosso futuro. Podemos assim virar a nossa atitude espiritual de uma “espera” para uma “marcha”: não é Ele que vem (já veio! Já está aqui!), somos nós que vamos. Caminhamos para o futuro, não esperamos que ele chegue até nós. Não esperamos que chegue “aqui”, vamos nós para “lá”. A Oração Colecta deste 1º Domingo do Advento diz mesmo: “Despertai, Senhor, nos vossos fiéis a vontade firme de se prepararem (…) para ir ao encontro de Cristo”. A profecia de Isaías (2,1-5), afirma “o monte do templo do Senhor se há-de erguer (…); ali afluirão todas as nações (…), dizendo: ‘Vinde, subamos ao monte do Senhor’ ”. É o mesmo gesto a que nos convida o Salmo (121), re

Saudade

O meu mundo ;-)

"O Senhor está sempre na minha presença."

Sou mais desta linha: da antropologia chegamos à teologia. [Sei que me arrisco à heresia, mas como é difícil inventar novas, não me preocupo tanto.] Ou seja, tenho esta intuição de que muitas vezes para chegar a Deus é preciso conhecer-me enquanto humano. Às vezes fala-se de orações, espiritualidade, relação com Deus de tal forma que “põe-se o telhado onde ainda não há pilares”. O telhado protege, mas se não tem base… esmaga. Deus não sufoca e por não sufocar nem querer fazê-lo, muito pelo contrário dá Vida, fez questão de encarnar, conhecendo por dentro a humanidade. O Advento é mesmo o tempo para saborear esse desejo de Deus: viver em pleno a humanidade e dessa forma divinizar-nos… mesmo nas coisas mais banais da vida. http://oinsecto.blogspot.pt/2013/12/da-antropologia-teologia-ou-do-telhado.html
Habitamos uma casa quando a sombra dos nossos gestos fica mesmo depois de fecharmos a porta. http://primeiroesquerdopoesia.blogspot.pt/2013/12/morada.html

"Não sou profeta, mas um humilde servidor."

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