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Vasco Pinto de Magalhães: "A realidade dói muito. Por isso, foge-se dela" 14 mar, 2016 - 16:45 • Aura Miguel https://rr.sapo.pt/noticia/49278/vasco-pinto-de-magalhaes-a-realidade-doi-muito-por-isso-foge-se-dela O sacerdote jesuíta Vasco Pinto de Magalhães acompanhou jovens universitários em Lisboa ao longo de vários anos. Também já foi mestre de noviços em Coimbra e responsável pelo rigoroso discernimento vocacional que a Companhia de Jesus faz com os jovens que desejam ser padres. Está, agora, no Porto, a acompanhar jovens adultos e casais com filhos pequenos. Se, ao longo da história, os jesuítas foram sempre enviados para realidades onde a proposta cristã era desconhecida ou até mesmo adversa, o padre Vasco Pinto de Magalhães garante que hoje “a linha da frente” da missão joga-se também nas novas fronteiras da modernidade e na voragem das grandes cidades, onde falar de Deus e de amor não é nada fácil. Pretextos para uma conversa com a Renascença sobre o
Para cada um a vocação ao amor adquire uma forma concreta na vida quotidiana, através de uma série de escolhas que estruturam a condição de vida (casamento, ministério ordenado, vida consagrada, etc.), a profissão, as modalidades de compromisso social e político, o estilo de vida, a gestão do tempo e do dinheiro, etc. Assumidas ou incorridas, conscientes ou inconscientes, trata-se de escolhas das quais ninguém se pode eximir. A finalidade do discernimento vocacional consiste em descobrir como as transformar, à luz da fé, em passos rumo à plenitude da alegria à qual todos nós somos chamados. SÍNODO DOS BISPOS XV ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Os jovens, a fé e o discernimento vocacional DOCUMENTO PREPARATÓRIO
No segundo aniversário da Exortação Amoris Laetitia, entrevistámos o jesuíta Diego Fares, amigo de longa data de Jorge Bergoglio, o Papa Francisco. O discernimento, a pedra de toque do atual pontificado, é o tema principal da conversa . (...) Olhando para o pontificado do Papa Francisco, em que pontos se sente essa atitude de discernimento mais presente? Em todos. Por um lado, o discernimento é algo que estamos vivendo. Por outro lado, o Papa diz que não se discernem as ideias, as ideias discutem-se. Discernem-se as situações. As ideias estão sempre em movimento, dependem da cultura, da filosofia, do paradigma que se segue, ainda mais nesta época em que temos paradigmas misturados, confusos. Quando o Papa diz que é preciso discernir, não está a dizer para se ir contra as ideias, mas está a chamar-nos a discernir como é que essas ideias se podem viver na vida quotidiana. Nesse sentido, não há nenhuma diferença com o que fez o Senhor, por exemplo, quando disse à mulher adú
Nasce, ó Jesus, e ensina-me a nascer: quando as esperanças se rompem como coisas gastas quando o dia não chegou a cumprir nem metade da sua promessa quando me faltam as forças para o degrau seguinte e hesito quando da sementeira julgo recolher apenas um vazio quando o caminho parecia mais leve e simples do que depois foi. Nasce, ó Jesus, e ensina-me a nascer: quando não consigo fazer do amor uma escrita legível quando a instisfação corrói até o espaço da alegria quando as mãos desaprendem a transparente dança do dom quando não me sei abandonar verdadeiramente a ti! Nasce, ó Jesus, e ensina-me a nascer: diz ao meu coração que não é tarde, nem longe segreda-me que não tenho de fazer coisa nenhuma senão deixar-me amar. Pe. José Tolentino Mendonça
És tu quem perseguimos pelos lábios e tens em equilíbrio os seres e o tempo És tu quem está nos começos do mar e as nossas palavras vão molhar-te os pés Tu tens na tua mão as rédeas dos caminhos descem do teu olhar as mais nobres cidades onde nasceram os primeiros homens e onde os últimos desejarão talvez morrer Tu és maior que esta alegria de haver rios e árvores ou ruas donde serem vistos Por ti é que aceitamos a manhã sacrificada aos vidros das janelas aceitamos por ti o sol ou a neblina que faz dos candeeiros sentinelas É para ti que os pensamentos se orientam e se dirigem os passos transviados e o vento que nos veste nas esquinas És sempre como aquele que encontramos diariamente pela rua fora e a pouco e pouco vemos onde mora Só tu é que nos faltas quando reparamos que os papéis nos vão envelhecendo e os dias um por um morrendo em nossas mãos És tu que vens com todos os versos És tu quem pressentimos na chuva adivinhada quando os olhos ainda se nos fecham embora o sono nunca mais
Hoje, também os carros dançam. As casas movem-se levemente. E eu – que mudei de casa e de roupa, de cidade e de cama, de palavras... Eu, que mudei de música e de carro, de saudade, de quarto... Eu – que mudei de computador e de rua, de eternidade e de paisagem, de abraço e de clima... Eu – que mudei de língua e de lágrimas, de deus e de caderno, de crenças e de céu... Eu – que mudei de lume, que mudei de medos... Eu – que mudei de planos, de lençóis, de secretária... Eu – que mudei de óculos e de rumo, de amigos, de champô, de rituais e de supermercado... Eu – que mudei de tudo que em quase nada mudou, mudei de dentro de mim para dentro de ti, meu amor. Filipa Leal
El valor de las palabras Parece mentira, todo lo que pueden llegar a hacer. Cómo acunan o cómo golpean. Cómo hieren o cómo acarician y sanan. Sinceras o falsas, pensadas o espontáneas… son uno de nuestros mayores tesoros. Las decimos, las escribimos, las leemos y compartimos. Aprendemos con las palabras prestadas de otros, y quizás también nosotros llegamos a decir algo que merezca la pena… para alguien. Hablamos, y en el hablar y en la escucha, a veces, nos encontramos… Jesús es Palabra de Dios. Palabra auténtica, de amor y pasión por nosotros. ¿Y yo? ¿Qué palabra soy? Hay palabras que es mejor no decir. Porque no hacen falta. Porque juzgan sin intentar comprender. Porque son falsas. Palabras de maledicencia o de crítica injusta, de chismorreo y de condena. Palabras innecesarias, o cháchara para llenar silencios que asustan. Palabras de burla que ignoran el dolor del débil. Palabras que apuñalan por la espalda. Es mejor callar aquello en lo que sabemos que no estamos siendo h
Daan Botlek He aprendido a poner un "creo" detrás de mis verdades más absolutas. Desde entonces salgo ganando siempre. Patricia Benito
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor, já se não passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza que toda
O Adorável Desastre
No vale do Dão, os remédios caem do céu Ricardo J. Rodrigues Diário de Notícias | 04.11.2018 https://www.dn.pt/1864/interior/no-vale-do-dao-os-remedios-caem-do-ceu-e-do-1864-10119328.html?fbclid=IwAR1nxWBVIhxhxlyFeNJMiC8rl1l3u_rBvK9dBKAmYz-Lz7MJZJ6OCP4gavQ "Hoje tenho visitas", e Abílio Abrantes, 77 anos, escangalha-se a rir. À aldeia do Penedo, no concelho de Tondela, ninguém vem parar por acaso. É um povoado de casas graníticas do vale do Dão, fica no alto de um planalto que não é caminho para lado nenhum. Os seus 50 habitantes, quase todos idosos, estão ali esquecidos e por isso, quando chega um forasteiro, toda a gente assoma à porta para se inteirar das novidades. Há pouco mais de um ano, na noite de 15 para 16 de outubro, o fogo entrou neste vale com a força da morte. Roubou uma vida na principal aldeia das redondezas, a Lajeosa do Dão, e destruiu umas dezenas de casas, incluindo aquela onde vivia Abílio. "Nessa noite tinha havido festa na aldeia
Ter saudades tuas não chega Não chega estar sempre perto estando longe Não chega lembrar-te e chamar-te perfeição Não chega nunca quando há amor
Já não se espera nada de nós? Irene Guia, Aci 23 Abril 2018 https://pontosj.pt/opiniao/ja-nao-se-espera-nada-de-nos/ Invade-me uma indignação que até sinto fisicamente quando a falta de verdade, as “falcatruas”, os “esquemas” ilícitos, que vêm à ribalta não encontram a correspondente resposta moral. A última vez que a senti foi quando mais um caso de “enriquecimento ilícito” de um Curriculum Vitae teve como reação de uma relevante figura pública, com um cargo de grande responsabilidade, o seguinte comentário publicado pelo Expresso a 11 de março de 2018: «é inequívoco que ele fez referência a um aspeto do seu currículo que não era preciso e corrigiu, é esta informação que eu tenho e ele deu essa informação à comunicação social». A única resposta que eu queria, que eu precisava de ter ouvido, era: é grave se o fez, é talvez ainda mais grave se se o está falsamente a acusar. Que jogadas, que esquemas, que dívidas retribuídas em favores nos impedem de continuar a ser moralment

Se Deus se deixasse fotografar seria assim

Há conversas que são como alguns rios moçambicanos, plenos de bancos de areia. Levam-nos a desviar a rota e a parar onde não temos mapa. Helena Ferro de Gouveia

Que maravilha!

Everyone should be afforded the opportunity to receive the education they want, but more importantly the education they have the right to receive. And for women and girls in developing countries, this is vital. Providing them with access to education is the key to economic and social development. Because when girls are given the right tools to succeed, they can create incredible futures, not only for themselves but also for those around them. Meghan Markle, Duchess of Sussex
Vivi, olhei, li, senti, Que faz aí o ler, Lendo, fica-se a saber quase tudo, Eu também leio, Algo portanto saberás, Agora já não estou certa, Terás então de ler doutra maneira, Como, Não serve a mesma para todos, cada um inventa a sua, a que lhe for própria, há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados às página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é que importa, A não ser, A não ser, quê, A não ser que esses tais rios não tenham duas margens, mas muitas, que cada pessoa que lê seja, ele, a sua própria margem, que seja sua, e apenas sua, a margem a que terá que chegar…” José Saramago A Caverna
Nunca terminó lo que nunca comenzó Tú y yo Tenemos um amor pendiente, Pero vamos a llamarlo café, Que dá menos miedo. Selam Wearing

Se Deus se deixasse fotografar seria assim

Se Deus se deixasse fotografar seria assim ... uma aula de matemática no jardim onde o amor é a única conta que Deus fez  não divide não reduz não soma multiplica sem ser função de nada apenas de si próprio
Eu me perdi na sordidez de um mundo Onde era preciso ser Polícia agiota fariseu Ou cocote Eu me perdi na sordidez do mundo Eu me salvei na limpidez da terra Eu me busquei no vento e me encontrei no mar E nunca Um navio da costa se afastou Sem me levar Sophia de Mello Breyner Andresen
Buscar una cosa es siempre encontrar otra. Así, para hallar algo, hay que buscar lo que no es. Buscar al pájaro para encontrar a la rosa, buscar el amor para hallar el exilio, buscar la nada para descubrir un hombre, ir hacia atrás para ir hacia delante. La clave del camino, más que en sus bifurcaciones, su sospechoso comienzo o su dudoso final, está en el cáustico humor de su doble sentido. Siempre se llega,  pero a otra parte. Todo pasa. Pero a la inversa. Roberto Juarroz
Una red de mirada mantiene unido al mundo no lo deja caerse. Y aunque yo no sepa qué pasa con los ciegos, mis ojos van a apoyarse en una espalda que puede ser de dios. Sin embargo, ellos buscan otra red, otro hilo, que anda cerrando ojos con un traje prestado y descuelga una lluvia ya sin suelo ni cielo. Mis ojos buscan eso que nos hace sacarnos los zapatos para ver si hay algo más sosteniéndonos debajo o inventar un pájaro para averiguar si existe el aire o crear un mundo para saber si hay dios o ponernos el sombrero para comprobar que existimos.  Roberto Juarroz Poesía Vertical
Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça A sua santa guerra. Sagrou-me seu em honra e em desgraça, Às horas em que um frio vento passa Por sobre a fria terra. Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me A fronte com o olhar; E esta febre de Além, que me consome, E este querer grandeza são seu nome Dentro em mim a vibrar. E eu vou, e a luz do gládio erguido dá Em minha face calma. Cheio de Deus, não temo o que virá, Pois venha o que vier, nunca será Maior do que a minha alma. Fernando Pessoa, Mensagem
Ella no tiene la culpa las constelaciones se alinearon pétreas en su nacimiento. No tiene la culpa piedra de la rigidez del miedo. Sus moléculas rocas arman coraza para protegerla. Pero adentro, un corazón de lava le clava la duda.  Gisela Galimi
Todos falam do que encontraram no caminho. Alguns falam também do que não encontraram. E uns tantos referem-se ao que não é possível encontrar. Mas há quem fale de um encontro que surge de uma emboscada entre as mãos como uma andorinha que nunca foi parte de nenhum bando, como um gesto secreto que recolha a compaixão que falta nos encontros. Todo o encontro nasce como a água perante a sede. O resto é uma miragem que não chega sequer a desconcertar o deserto. roberto juarroz a árvore derrubada pelos frutos trad. rui caeiro, duarte pereira e diogo vaz pinto língua morta 2018
Sin educación emocional, no sirve saber resolver ecuaciones Ana Torres Menárguez EL PAIS Madrid 30 ENE 2017 https://elpais.com/economia/2017/01/27/actualidad/1485521911_846690.html Se trata de enseñar a los futuros maestros a entender y regular sus propias emociones para que sean capaces de dirigir a los niños y adolescentes en esa misma tarea. “Mis alumnos me cuentan que nadie les ha enseñado a regularse emocionalmente y que desde pequeños cuando se enfrentaban a un problema se encerraban en su habitación a llorar, era su forma de calmarse”, cuenta el docente. Inseguridad, baja autoestima y comportamientos compulsivos son algunas de las consecuencias de la falta de herramientas para gestionar las emociones. “Cuando llegan a la vida adulta, tienen dificultades para adaptarse al entorno, tanto laboral como de relaciones personales. Tenemos que empezar a formar a profesores con la capacidad de entrenar a los niños en el dominio de sus pensamientos”. Tras revisar los prog
(Ilustração: Elisa Talentino) sou aquela que sabe de que saudades vem
(Círculo Xavier)

Se Deus se deixasse fotografar seria assim

Jump. Nigerai. (Photo by Gbenro Sholanke)
Isabel Saldanha http://isabelsaldanha.com/sao-tome-principe/ Enquanto faço a mala para me pirar daqui a bocadinho e gozo os últimos cartuchos agarradinhas às minhas loiras, deixo aqui alguns dos melhores momentos que marcaram a nossa ida a São Tomé. E um excerto que escrevi sobre este pedacinho delicioso de terra: “Há uma ilha no Equador que é feita de verdes e de amarelos. É assim que começa a história de duas meninas que foram conhecer um sítio que virou lugar. Essas duas meninas eram irmãs e tinham 3 e 6 anos. Eram meninas de sorte porque já tinham ido viajar para a América do Sul, México, República Dominicana e para tantos outros sítios, onde existiam crianças e piscinas muito compridas, buffets gigantes e noites de musicais. Desta vez a mãe decidiu que as queria levar para longe dos resorts acéticos, dos ambientes protegidos, dos aglomerados de famílias, das pulseirinhas e do esparguete à bolonhesa. Queria um sítio diferente, onde a animação era construída ao compasso d
Os horizontes e as marés As estátuas, as pontes, a América, a lua, os cafés Tudo passa Tudo passa Os cataventos e as estações Tudo passa Os amores-perpétuos, Desertos, as desilusões Tudo passa Ainda estamos aqui O tempo voa O tempo coa E por mais que doa a passar Nós ainda estamos aqui as horas, as eras, as iras, azares, ilusões Eu ainda te tenho a ti E nós ainda estamos aqui Os Homens e as gerações Os mastros, países, impérios Tudo passa Tudo passa Os astros e o planisfério Bandeiras ao vento, Tudo passa Por tudo o que existe Tudo passa Os paraísos prometidos Palavras escavadas na pedra e os seus sentidos tudo passa Tudo passa Eu ainda te tenho a ti E o que resiste E por tudo o que ainda há de vir Nós ainda estamos aqui E Nós ainda estamos aqui Ainda estamos aqui Miguel Araújo
Don’t shoot what it looks like. Shoot what it feels like. David Alan Harvey ("one of the living legends in street photography", The Independent Photographer)
Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das cousas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do Mundo? Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas). O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério. Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o sol E a pensar muitas cousas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa. Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores? A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós,
Like time, there's always time  On my mind
“Acho que é amor e é esse amor que os cura.” http://www.jrsportugal.pt/acho-que-e-amor-e-e-esse-amor-que-os-cura/ Ana Paula Cruz (Lokas), 26 anos, é Médica de Família, e colaborou como voluntária na ilha de Lesbos, na Grécia, com a PAR, e nos campos de refugiados no norte de Angola com o JRS. “A coisa que acho mais bonita e que é comum aos sítios magoados do mundo é que qualquer luz ilumina imenso, porque às vezes é escuro, e qualquer gesto de amor é muito poderoso e aquece muito, porque às vezes faz frio, até no coração. Lembro-me de chegar a Lesbos, na Grécia, em missão com a PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados – no Inverno de 2016 e me assustar com o facto de campos de refugiados com tendas onde chove, com redes e arame farpado a toda a volta, serem a maneira que a Europa – a minha Europa – acolhia pessoas já tão magoadas. Como se perpetuássemos um ciclo de dor que já dura há tempo demais: a dor da guerra, a dor do que viram, do que viveram, do que perderam