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Verve 2016 Almost Poetic from Article19 on Vimeo . Amanhã conta-se apenas mais um dia, mais um dia apenas porque o homem criou o calendário, vivendo nele, como um afogado, adormecido; ou sobrevivente de naufrágio, perdido e assustado; ou pescador, sonhado pelos que ficam e sonhador, pela ânsia de voltar e voltar com algo mais do que com que partiu. Viver no tempo, apesar do calendário, implica um pouco mais. Viver o tempo para além dos dias. Vivê-lo para além da vida que conhecemos. Vivê-lo com a loucura dos que são loucos apenas porque confiam, acreditam, têm esperanças, apenas porque abensonham a vida. Vivem o adormecimento, vivem a perda, vivem o sonho, mas são para além disto. São loucos e fazem acontecer o tempo. São os ponteiros da sua vida. São os ponteiros na vida daqueles que já perderam a coragem de contar o tempo. Para 2017, para amanhã, o único desejo é o de que sejamos um pouco este louco, embriagado pela vida. Que o louco substitua o irracional, o insensato, o tol...

Sobre Maria

" (...) O traço comum a todas as abordagens é a profunda relação que se estabelece entre a humanidade e o sagrado; uma e outro estão implicados e são inseparáveis – são uma e a mesma coisa, nessa revelação de que a humanidade é sagrada e que o sagrado só o é quando vai ao mais fundo do humano." Daqui: http://religionline.blogspot.pt/2016/12/a-humanidade-e-o-sagrado-sao-nela-uma-e.html?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

Uma amiga estrelinha

A coisa que mais me assusta é que não sabemos o que é que eles viram, o que eles viveram, o que eles perderam. Não sabemos quão magoados estão, quão dolorosas são as feridas. Não sabemos quanto dói mas sabemos que dói. E isso torna o amor mesmo mágico e transformador num sítio como este. Porque é essa a nossa missão: vê-los através da dor, da revolta, vê-los. Lembrar-lhes da esperança, do amor, de que o mundo ainda é um sítio bom.  E pode parecer mesmo ingénuo mas eu sei que a missão é o amor. E tenho a certeza que daqui a muitos anos eles se calhar não se vão lembrar dos nossos nomes, das nossas caras, dos nossos coletes a dizer Portugal, do nome RSP, mas tenho a certeza que se vão lembrar que algures em Lesbos, algures em Kara Tepe, algures no Silver Bay, houve alguém, não importa quem, que os viu, como pessoas, como vidas, alguém que os viu mesmo e que os amou. Lokas, em Lesbos
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza, Pelas aves que voam no olhar de uma criança, Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza, Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança, Pela branda melodia do rumor dos regatos, Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia, Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos, Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria, Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes, Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos, Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes, Pelos aromas maduros de suaves outonos, Pela futura manhã dos grandes transparentes, Pelas entranhas maternas e fecundas da terra, Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra, Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna, Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz. Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira, Com o teu esconjuro da bomba e do algoz, Abre as portas da História, deixa passar a Vida! Natália Correia in...
apenas preciso de alguém que me sorria e reponha o mesmo disco sempre a tocar e escute comigo o vento nas janelas e sinta a tristeza que têm os gladíolos murchando em cima da mesa. Al Berto