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Don’t shoot what it looks like. Shoot what it feels like. David Alan Harvey ("one of the living legends in street photography", The Independent Photographer)
Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das cousas? Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos? Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma E sobre a criação do Mundo? Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos E não pensar. É correr as cortinas Da minha janela (mas ela não tem cortinas). O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério! O único mistério é haver quem pense no mistério. Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o sol E a pensar muitas cousas cheias de calor. Mas abre os olhos e vê o sol, E já não pode pensar em nada, Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos De todos os filósofos e de todos os poetas. A luz do sol não sabe o que faz E por isso não erra e é comum e boa. Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores? A de serem verdes e copadas e de terem ramos E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, A nós, ...
Like time, there's always time  On my mind
“Acho que é amor e é esse amor que os cura.” http://www.jrsportugal.pt/acho-que-e-amor-e-e-esse-amor-que-os-cura/ Ana Paula Cruz (Lokas), 26 anos, é Médica de Família, e colaborou como voluntária na ilha de Lesbos, na Grécia, com a PAR, e nos campos de refugiados no norte de Angola com o JRS. “A coisa que acho mais bonita e que é comum aos sítios magoados do mundo é que qualquer luz ilumina imenso, porque às vezes é escuro, e qualquer gesto de amor é muito poderoso e aquece muito, porque às vezes faz frio, até no coração. Lembro-me de chegar a Lesbos, na Grécia, em missão com a PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados – no Inverno de 2016 e me assustar com o facto de campos de refugiados com tendas onde chove, com redes e arame farpado a toda a volta, serem a maneira que a Europa – a minha Europa – acolhia pessoas já tão magoadas. Como se perpetuássemos um ciclo de dor que já dura há tempo demais: a dor da guerra, a dor do que viram, do que viveram, do que perderam...
«É triste» quando os jovens pensam que Igreja não lhes diz nada que sirva para a sua vida Rui Jorge Martins  Fonte: Sala de Imprensa da Santa Sé Imagem: viewapart/Bigstock.com  Publicado em 26.09.2018 http://www.snpcultura.org/e_triste_quando_os_jovens_pensam_que_igreja_nao_lhes_diz_nada_que_sirva_para_a_sua_vida.html#.W6ySqKnY2QA.facebook A uma semana do início do sínodo dos bispos, que de 3 a 28 de outubro, no Vaticano, se vai centrar nos jovens, o papa assumiu que a Igreja tem andado distante das suas expetativas, quer por não os saber escutar, por não ter nada de relevante para lhes transmitir ou devido aos escândalos que a têm atravessado. «Quando nós, adultos, nos fechamos a uma realidade que é já um facto, dizeis-nos com ousadia: “Não o vedes?”. E alguns mais decididos têm a coragem de dizer: “Não vos dais conta de que já ninguém vos escuta, nem crê em vós?”. Verdadeiramente precisamos de nos converter, de descobrir que, para estar ao vosso ...
Illustração: Kathrin Honesta Bebido o luar, ébrios de horizontes,  Julgamos que viver era abraçar  O rumor dos pinhais, o azul dos montes  E todos os jardins verdes do mar.  Mas solitários somos e passamos,  Não são nossos os frutos nem as flores,  O céu e o mar apagam-se exteriores  E tornam-se os fantasmas que sonhamos.  Por que jardins que nós não colheremos,  Límpidos nas auroras a nascer,  Por que o céu e o mar se não seremos  Nunca os deuses capazes de os viver. Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)