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Havia uma cidade devota e temente a Deus, no Sul profundo dos Estados Unidos, onde toda a gente ia à igreja e era boa. Então, um dia, chegou um homem e abriu um bar, que se tornou o lugar de todos os géneros de conduta bravia: bebida, dança e, quem sabe, talvez sexo. Todos os bons cristãos rezaram para que o estabelecimento fosse encerrado. Acometeram os Céus e, de facto, seis meses mais tarde, o bar foi consumido pelo fogo. O seu dono pediu então uma indemnização aos cristãos, que negaram terem sido eles os responsáveis. O que é que tinham feito? Replicou o proprietário: “Serei eu, neste lugar, o único que acredita no poder da oração”.

Timothy Radcliffe

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Nos Evangelhos Sinóticos, lemos muito sobre as pregações de Jesus a propósito do «maior mandamento». Não é a grande sugestão, o grande conselho, a grande linha diretiva, mas um mandamento. Primeiro, temos de amar a Deus com todo o coração e com toda a nossa força, sobre todas as coisas. Ao trabalhar com os pobres camponeses da América Central, que não sabiam ler nem escrever, a frase que eu sempre ouvia era: «Primero, Dios». Deus tem de ser o primeiro nas nossas vidas, depois, todas as nossas prioridades estão corretamente ordenadas. Não amaremos menos as pessoas, mas mais, por amar a Deus. A segunda parte do «maior mandamento» é amarmos o próximo como a nós mesmos. E Jesus ensina-nos, na parábola do Bom Samaritano, que o nosso próximo é esse estrangeiro, esse homem ferido, essa pessoa esquecida, aquele que sofre e, por isso, tem um direito acrescido sobre o meu amor. Jesus manda-nos amar os estranhos. Se só saudamos os nossos, não fazemos mais do que os pagãos e os não cr
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